Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Economia

Fechamento de mercados

<p>Soja e milho registram baixa na bolsa de Chicago (EUA). Mundo está ligado agora na Conferência de Copenhague.</p>

AGROMERCADOS 

O QUE ESTÁ EM JOGO NA DINAMARCA
Senti falta da senadora Kátia Abreu, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, no Fórum ABAG “Copenhague e o Agronegócio Brasileiro, realizado hoje pela manhã em São Paulo. Se estivesse por aqui, a senadora poderia aprender alguma coisa sobre os impactos do agronegócio nas mudanças climáticas e saber mais sobre as oportunidades e ameaças para o Brasil de uma economia de baixo carbono. Assim, a senadora poderia evitar frases prontas como a que pronunciou na segunda-feira em entrevista à Folha de S.Paulo: “as metas brasileiras de redução de emissão dos gases efeito estufa são populismo infantil.”

QUANTO CUSTA?
Para Kátia Abreu, não é razoável replantar áreas ocupadas hoje pela produção de alimentos. “Não dá para falar na questão ambiental sem dizer quanto custa. O presidente Lula anunciou as metas de redução das emissões de gases, mas ninguém sabe quanto custa; é uma irresponsabilidade, é populismo infantil, é querer competir com o Barack Obama”, reclamou a senadora.

 
COISA SÉRIA
Há menos de uma semana do início das negociações da COP-15, talvez a mais importante conferência mundial deste século, a senadora parece não ter entendido ainda que o que está em jogo em Copenhague não é simplesmente o lucro da próxima safra de verão, mas a sobrevivência de seus netos e do próprio Planeta.
 
ANISTIA
A CNA tenta aprovar a qualquer custo no Congresso projeto de lei que prevê anistia a quem desmatou até 2006, autorizando a recomposição de áreas sensíveis (margens de rios) com espécies exóticas, e desmatamento zero a partir de agora na Amazônia e na Mata Atlântica. É uma proposta que merece ser avaliada. Afinal de contas, o mais importante agora é evitar novos desmatamentos, e não implantar medidas revanchistas.
 
POPULISMO INFANTIL
Kátia Abreu quer contar com o apoio do presidente Lula, “o populista infantil”, para aprovar o seu projeto. Vale destacar que o projeto prega desmatamento zero na Amazônia e na Mata Atlântica, mas não dedica nem uma linha sequer ao Cerrado, onde restam poucas árvores para contar a história.

LIDERANÇA GLOBAL
Marcos Jank, presidente da Unica, diz que o Brasil leva à Copenhague na próxima semana uma proposta bastante avançada. “Temos uma oportunidade única de assumir a liderança da Conferência Mundial Sobre Mudanças Climáticas. Para a agricultura, as mudanças climáticas têm um lado ameaçador, mas também têm um lado solução, que é prática do conservacionismo, com a adoção de tecnologias limpas como o plantio direto.

BAIXO CARBONO
Ao contrário do que pensa a senadora Kátia Abreu, para Jank, o Brasil tem mais a ganhar do que a perder com a economia de baixo carbono.”Anos atrás, isto era tema para as ONGs e os cientistas. Hoje também a iniciativa privada está participando desta discussão”, disse Jank. Nem todos, a turma da Kátia pulou fora.

PERGUNTAR NÃO OFENDE
Por quê a CNA não faz parte da Aliança Brasileira Para o Clima? A entidade reúne 14 das mais importantes associações do agronegócio brasileiro.
 
MILHO CAI
Na bolsa de Chicago, os contratos futuros do milho, com vencimento em março 10, foram negociados hoje a US$ 4,0650 o bushel, com queda de 8 cents. Por aqui, o milho para maio 10 é negociado a R$ 19,61/saca.
 

QUEDA DA SOJA
Os contratos da soja para entrega em março 10 sofreram forte queda de 25 cents hoje, recuando a US$ 10,46 o bushel, desvalorização de 25 cents. Na BM&FBOVESPA, a soja perdeu 45 cents, negociada a US$ 23,16 no vencimento maio 10, o mais líquido.
 
MAIS CAFÉ
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) está revendo para cima a sua estimativa de consumo interno de café este ano. Segundo Nathan Herszkowicz, presidente da Abic, a princípio a expectativa apontava para um crescimento de 3%, mas agora as projeções indicam para um aumento entre 6% e 8%, o que representa entre 18,3 milhões e 18,5 milhões de sacas.
 
MAIORES ALTAS
Algodão (4,90%), café arábica (2,34%), bezerro (2,05%) e café conillon foram os únicos produtos pesquisados pela Esalq que subiram no mês de novembro.
 
MAIORES BAIXAS
Enquanto isto, boi gordo (4,62%), milho (5,49%), soja (3,58%), açúcar (3,41%), álcool (5,53%) e etanol (5,76%) registraram perdas no mês, segundo os indicadores da Esalq.
 
MAIS E MENOS
No ano, entre janeiro e novembro, as maiores altas foram do açúcar (123,26%), do algodão (50%) e do etanol (60%). E as maiores baixas do boi gordo (15,95%), do bezerro (6%) e do milho (7%).
BOI REAGE
O boi gordo, quem diria, reagiu hoje, subindo 94 centavos para entrega em dezembro, a R$ 72,02 a arroba na BM&FBOVESPA.
 
DÓLAR A R$ 1,72
O dólar no balcão fechou estável, a R$ 1,7220.
 
BOLSA FORTE
O Ibovespa avançou mais 0,30%, encerrando o dia aos 68.614,79 pontos.
 
FECHA ASPAS
“O problema do Brasil é que ainda não se descobriu o problema do Brasil” – Delfim Netto
 
-COM INFORMAÇÕES DA BM&FBOVESPA