Redação (11/11/2008)- Os aumentos de preços da carne bovina e das frutas representaram juntos mais da metade da taxa geral de inflação de 0,58% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na primeira quadrissemana de novembro (últimos 30 dias encerrados em 7/11) na média das sete capitais onde a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realiza a medição – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. De acordo com o coordenador do indicador, Paulo Picchetti, enquanto o valor médio do segmento de carnes subiu 4,77% e respondeu por 0,16 ponto porcentual do índice, as frutas avançaram 6,93% e contribuíram com 0,17 ponto porcentual da inflação.
Ambos os segmentos foram o destaque do grupo Alimentação, cuja alta passou de 0,83%, no fechamento de outubro, para 1,16% na primeira medição do IPC-S de novembro. Segundo Picchetti, eles foram determinantes também quando se analisa a aceleração de 0,11 ponto porcentual do indicador ante a taxa geral de 0,47% do final de outubro. "Desta aceleração, as frutas responderam por 0,07 ponto e a carne bovina representou 0,03 ponto porcentual", disse, acrescentando que o segmento de Laticínios, que saiu de uma queda de 0,21% para uma alta de 0,17% no período, contribuiu com o 0,01 ponto porcentual restante deste movimento.
Para Picchetti, o cenário para o futuro dos preços das frutas e das carnes é distinto. De acordo com ele, enquanto a expectativa para o primeiro segmento é de um esgotamento no processo de alta, para as carnes, por enquanto, não há sinais claros de interrupção na aceleração de preços.