O presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Alcantaro Corrêa, defendeu em Moscou,no dia 14 de maio (sexta-feira), a ampliação dos negócios com a Rússia, durante seminário empresarial na visita do presidente Lula àquele país. Corrêa, que liderou a comitiva de empresários brasileiros, destacou oportunidades de negócios em segmentos como energia, petroquímica e de alimentos. E, além de defender a revisão do sistema russo de quotas para importação de carne suína, chamou atenção para o potencial catarinense em fornecer itens como cerâmica de revestimento.
“O setor de energia, no qual a Rússia é uma potência, é um exemplo de área com grande potencial de cooperação. Investimentos e tecnologias podem ser trocados em áreas como gás e petroquímida ou de turbinas para geração de energia. O Brasil é o maior produtor e exportador de etanol de cana-de-açucar. E tem o objetivo de criar um mercado mundial padronizado e sem barreiras comerciais para o produto”, disse. Ele lembrou que a Rússia é o décimo país no ranking dos maiores importadores de produtos brasileiros, mas que é necessário reverter a queda de quase 50% na corrente de comércio entre os dois países no ano passado, quando ficou em US$ 4,3 bilhões.
Destacando o status sanitário da agroindústria catarinense, Corrêa pediu revisão do sistema de quotas para importação de carne suína russa, que abre volumes específicos para Estados Unidos e União Européia, mas coloca o Brasil na quota destinada a “outros países”.
Além de Corrêa, participaram do evento o diretor 1º secretário da FIESC, Mário Cezar de Aguiar, e o diretor de relações industriais e institucionais, Henry Quaresma. “O público do evento superou as expectativas e as oportunidades de negócios em segmentos como equipamentos pesados, máquinas, motores e aeronáutica chamaram a atenção dos empresários. A Rússia é um grande importador e o seminário vai ajudar a incrementar os negócios com o Brasil”, disse Aguiar.
O evento “Rússia: fortalecimento da parceria estratégica” teve painéis sobre as economias brasileira e russa, apresentados pelos ministros de indústria e comércio de cada país, seminários sobre agronegócio, energia, serviços financeiro e turismo.
As exportações catarinenses à Rússia somaram US$ 159 milhões em 2009. Os embarques são compostos basicamente de carnes de frango e suína e fumo não-manufaturado. Nesse mesmo período, o estado importou US$ 63,8 milhões. A maior parte das compras de são compostos químicos como uréia com teor de nitrogênio, borracha de isobuteno, além de laminados de ferro.