Da Redação 03/03/2005 – O fim do embargo russo sobre a carne bovina e suína de seis Estados brasileiros entre eles, o Paraná representou alívio para os produtores paranaenses. O mercado russo foi o principal destino das exportações do Estado, em 2004. Foram comercializadas, no ano passado, 37 mil toneladas de carne suína US$ 65 milhões , o equivalente a quase 57% da produção total de 65 mil toneladas.
Na carne bovina, quase 23% das 46 mil toneladas comercializadas no mercado externo, em 2004, foram para aquele país, o que representou um faturamento de cerca de US$ 15 milhões. Já em relação à carne de aves (frango), cujo embargo foi suspenso ainda no final do ano passado, a Rússia foi o quarto principal importador da produção do Estado. Foram 36,5 mil toneladas US$ 32 mihões.
De acordo com o economista Gustavo Fanaya, do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne), o embargo russo não chegou a representar prejuízo para os produtores paranaenses, já que não houve interrupção nos embarques de carne. O que houve, analisou ele, foi uma estagnação no crescimento das importações, pois não foi possível firmar novos contratos de comercialização.
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Uma ligeira queda foi observada nas importações de carne bovina, que haviam crescido 40% antes do embargo, lembrou Fanaya. De outubro para novembro, a queda foi de 1 mil toneladas para 950 toneladas (-5%) e, de novembro para dezembro, de 950 toneladas para 880 toneladas (-7,36%). Os números de janeiro ainda não foram fechados.
O presidente do Sindicarne, Péricles Pessoa Salazar, disse que todas as indústrias já foram comunicadas da suspensão do embargo e o próximo passo será o de retomar os contatos com as tradings, que fazem os contratos de comercialização. “Se vamos exportar mais ou menos é o câmbio que vai ditar. O importante é fato do embargo ter sido suspenso e, com isso, termos mais uma alternativa para vender nossa carne”, acrescentou.
O secretário em exercício da Agricultura e Abastecimento, Newton Pohl Ribas, comemorou o fim do embargo russo e atribuiu a decisão ao trabalho dos técnicos da secretaria para tornar o Paraná livre da febre aftosa.
