Da Redação 09/06/2004 – 06h18 – No Plano de Safra 2004/05, o governo deverá manter a atual taxa de juros de 8,75% nas principais linhas do crédito rural. O volume de recursos para o financiamento da próxima safra ainda não foi definido, mas deverá superar R$ 35 bilhões, segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin. Para a safra atual, o governo disponibilizou R$ 32,5 bilhões com juros equalizados. O novo plano de safra será anunciado dia 17.
Wedekin disse que, diante da previsão de aumento da área plantada em 3 milhões de hectares, haverá um incremento de demanda por crédito de mais de R$ 3 bilhões. “O problema é que o crédito rural vem dos depósitos à vista, que não crescem, e da poupança, que cresce pouco. Precisamos arrumar outras fontes de financiamento, sem criar maiores pressões sobre o Tesouro”, explicou. Uma das saídas está aprovada: aumento de 40% para 50% da exigibilidade de aplicação dos recursos da poupança do BB no crédito rural.
O governo quer atrair o capital privado para financiar a agropecuária. Se uma parte desses recursos for para o crédito rural, Wedekin acredita que a taxa de juros para o produtor fique entre a taxa oficial equalizada de 8,75% e a taxa de 20% a 25% ao ano, que é quanto o agricultor paga para se financiar junto a tradings e agroindústrias.
Notícias Relacionadas
