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Economia

Força agropecuária

Agronegócio brasileiro deve fechar 2011 com crescimento de 9%. País pode bater recorde de US$ 90 bi em exportações.

Força agropecuária

O agronegócio brasileiro deve fechar 2011 com alta de 9% no Produto Interno Bruto do setor, o dobro da expansão esperada para o PIB nacional. O cenário favorável é tema de matéria especial da edição de agosto da  AméricaEconomia, publicação da Spring Editora.

“Estamos vivendo o maior ciclo de preços altos da história recente. Nunca houve tamanha duração de demanda maior que a oferta”, afirma o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV). 

O cenário aquecido pela demanda internacional por alimentos, puxada pelos países emergentes, principalmente a China, e o aumento no poder de compra da classe C brasileira, estão entre os fatores apontados como âncoras para o excelente desempenho do setor, que reúne histórias de sucesso como a do produtor Eraí Maggi Scheffer. Rei de duas coroas – soja e algodão – ele se mostra humilde à publicação quando perguntado sobre seu reinado: “Sinto-me igual a quando plantava 50 hectares no Paraná”, desconversa.  

Assim como Scheffer, outros produtores brasileiros administram seus reinados. O especial apresenta também um panorama sobre a produção nacional de laranja e café, e a tecnologia aplicada na avicultura e agropecuária.  

Exportação recorde

O Ministério da Agricultura espera que as exportações do agronegócio brasileiro ultrapassem US$ 90 bilhões em 2011, valor recorde e 18% acima do registrado no ano passado. No primeiro semestre, foram embarcados US$ 43,2 bilhões, com destaque para o complexo soja – o Brasil é o segundo maior exportador mundial – responsável por US$ 12,7 bilhões.

Diante da boa fase, o agronegócio brasileiro investe também em aumento de produção. De acordo com a reportagem, o Ministério da Agricultura e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apontam que, entre as safras 2010/11 e 2020/21, os maiores incrementos são esperados para o algodão (47,8%), celulose (34%) e café (30,7%).