Redação AI 15/12/2003 – 06h40 – A avicultura brasileira conquistou definitivamente o mundo nos últimos 12 meses. As exportações de carne de frango vão atingir a marca histórica de 2 milhões de toneladas até o final de dezembro, conseqüência de uma política agressiva pratica pelas agroindústrias brasileiras no mercado
O bom resultado externo compensou a retração no mercado interno. A avicultura brasileira acostumou-se a crescer a taxas anuais ente 8% e 10% ao ano por conta da demanda interna firme e da abertura sucessiva de novos mercados. Em 2003, o consumo interno de frango estagnou em 33 quilos por habitante ao ano. A queda na renda do trabalhador, que chegou próxima dos 20%, afetou também a carne de frango, apesar dela ser a mais barata disponível nos supermercados brasileiros.
Se dependesse da vontade de concorrentes como a União Européia, a avicultura brasileira teria apresentado números bem piores. Os europeus bateram firme durante todo o ano sobre a qualidade do frango brasileiro. A acusação era de que as agroindústrias brasileiras utilizavam produtos impróprios na rações, como os nitrofuranos. Pelos menos três cargas enviadas por agroindústrias brasileiras ficaram retidas em portos europeus após testes feitos em carcaças de frangos.
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A solução encontrada pelas agroindústrias foi promover uma campanha inédita. Frigoríficos de Norte a Sul usaram os meios de comunicação para pedir aos integrados que não utilizassem rações não certificadas em suas propriedades. A estratégia deu certo. No último trimestre do ano não foram mais encontrados resíduos de aditivos químicos em cargas de carne de frango brasileiras.
