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Frango de Santa Catarina no varejo da África do Sul

Empresa catarinense Macedo Koerich negocia parceria para entrar diretamente no varejo sul-africano.

Redação AI 09/09/2004 – A Macedo Koerich, frigorífico catarinense de aves, está negociando uma parceria para entrar diretamente no varejo da África do Sul. O objetivo da empresa, que já exporta para aquele país 800 toneladas de carnes de frango por mês, é chegar mais perto do consumidor final e, assim, melhorar as margens das vendas.

A proposta de parceria partiu, na semana passada, da Chester Wholesale, companhia que hoje distribui os produtos da Macedo Koerich no mercado africano.

A África do Sul é o principal destino das exportações do frigorífico brasileiro, absorvendo 30% dos embarques. Neste ano, as vendas da empresa ao exterior devem alcançar R$ 60 milhões, 70% mais que em 2003. A empresa iniciou os envios para o país africano no ano passado.

Conforme Jóster Macedo, superintendente do frigorífico, há interesse em ampliar as vendas na África do Sul especialmente pela proximidade geográfica do país e de algumas similaridades com o Brasil no perfil do consumo. O país importa praticamente todos os produtos das linhas da Macedo Koerich, como peito de frango, frango inteiro e coxa. “É um mercado crescente, que depende de importação para o consumo”.

A indústria catarinense tem explorado alguns países com marca própria. Apesar das dificuldades com normas de embalagens e idiomas, o executivo acredita que a expansão da marca é mais importante do que produzir para terceiros, uma vez que a intenção da empresa é ser reconhecida pelo consumidor final. A Chester Wholesale fez recentemente uma investida no varejo sul-africano. Daí a proposta de parceria com os brasileiros.

A Macedo Koerich planeja fazer com que as exportações representem metade do seu faturamento total já neste ano. Macedo explica que a empresa está optando por pulverizar sua receita para diminuir possíveis riscos, como barreiras que eventualmente possam surgir. Atualmente, a empresa exporta para 20 países, embora no Brasil tenha as operações concentradas em Santa Catarina.

O superintendente afirma que desde 2001, quando a empresa inseriu o mercado externo em seu plano estratégico, a Macedo Koerich optou por crescer no exterior em vez de brigar pela conquista de uma fatia maior no concorrido mercado brasileiro.

“Muitas vezes o mercado brasileiro não percebe o que está agregado ao produto. O jogo internacional nivela por cima, enquanto a concorrência no Brasil é mais generalizada”, afirma. Macedo não considera o mercado internacional mais fácil, mas destaca que a internacionalização pareceu menos trabalhosa e mais interessante para a indústria.

Para dar conta da crescente demanda externa, um plano de expansão foi elaborado. A Macedo deve passar a abater 144 mil aves por dia até 2006, ante as cerca de 100 mil aves por dia que estão sendo abatidas atualmente.