Redação (06/10/2008)- Segundo a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (ABEF) o país tem capacidade para produzir 12,5 milhões de toneladas de carne de frango. Hoje a China, que é o segundo maior produtor, produz 12 milhões de toneladas.
A produção de frangos para abate se tornou uma ótima alternativa de renda para as pequenas propriedades. É o que confirma o produtor rural Leandro Henrique Bianchi, de Londrina. Ele tem uma propriedade de 5 alqueires na Viação Velha, em Londrina, e produz 30 mil frangos. Com esta produção ele consegue "uma renda anual de R$ 54 mil", diz Bianchi.
Segundo o diretor do Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e Serviços Contábeis de Londrina (Sescap-Ldr), Nivaldo Lopes, estas pequenas propriedades rurais que aderiram à produção de frango tem conseguido um bom rendimento. "O principal problema que a gente percebe e que os produtores de frango reclamam são as vias de acesso às propriedades que não são adequadas e encarecem o custo de produção"", afirma Lopes. "Isto se confirma quando fazemos a contabilidade deles. Os números mostram que eles poderiam faturar mais se houvesse uma adequação melhor das estradas rurais".
Segundo o representante comercial, Nelson Luiz Weigert, da MSW Avícola, o mercado está crescendo muito nos últimos anos. "De 2006 pra cá posso dizer que cresceu uns 300%. É um mercado em ascensão"", afirma Weigert. Ele aponta alguns fatores que ajudam a expansão da avicultura como a profissionalização das granjas e a facilidade de obtenção de financiamento através do BNDES.
Outro fator importante é que as propriedades estão sendo padronizadas, com equipamentos modernos. Boa parte já é semi-automatizada ou inteiramente automatizada. "Isto ajuda muito principalmente melhorando a questão sanitária, que é prioridade para quem exporta, já que quase não há mais contato manual".
O professor e proprietário rural Ascêncio Garcia Lopes considera o negócio bem viável. Lopes cria 185 mil cabeças a cada 42 dias e as vende a R$ 0,38 centavos por cabeça, em média. Segundo ele o importante é a quantificação.
"Você ganha no volume produzido. A diferença do investimento de quem produz 50 mil aves para quem quer produzir 100 mil é pequena por isso compensa", afirma Lopes. Ele comenta ainda que há outro diferencial de rentabilidade. A chamada cama de frango, os restos que ficam no chão da granja, são um excelente adubo.
""Há um ano a tonelada da uréia custava R$ 500,00 hoje a mesma tonelada custa o triplo. A cama de frango pode ser usada em quase todas as lavouras com excelente resultado. E a vendemos a R$ 80,00 a tonelada. Veja, eu retiro 150 toneladas a cada troca, o que gera uma receita de R$ 12 mil", contabiliza ele.
O diretor da Big Frango, Valter Bampi, reforça e diz que a empresa hoje abatia em 2006 180 mil aves por dia. Hoje está abatendo 360 mil e a meta é para que em breve a empresa possa abater 500 mil/dia. A Big Frango atua em 55 municípios.
– Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e Serviços Contábeis de Londrina (Sescap-LDR)