O mercado interno não parece a solução para a queda nas exportações, porque 70% da produção brasileira é consumida no próprio País. Por outro lado, a abertura do Uruguai para a carne brasileira pode ser um bom sinal, não tanto pelo tamanho do mercado, mas pelo reconhecimento sanitário internacional.
O secretário executivo do Sindicarnes, Ricardo Gouvêa, afirma que com a queda nos preços internacionais, houve maior oferta de carne bovina e suína no mercado interno. A maior competição não permitiu que o frango ampliasse a inserção no Brasil, tanto em termos de quantidade quanto de valor.
“Algumas empresas acabaram reduzindo a base, suspendendo turnos de produção e diminuiu a produção no campo”, constata.
Por outro lado, SC é referência em sanidade animal no País. O presidente da Acav, Clever Avila, lembra que o Uruguai é país de pequena população e consumo, mas o grande ganho na abertura do mercado é o reconhecimento da condição sanitária. Avila afirma que a Acav, em conjunto com a Abef, está buscando ampliar o mercado internacional e aponta para México, Indonésia, EUA e China.
Para 2010, a expectativa é otimista para o presidente do Sindicato Patronal dos Criadores de Aves de SC (Sincravesc), Valdemar Kovaleski.
“A interpretação que temos do mercado é que em 2010 estará em expansão, com a superação da crise internacional e a manutenção da qualidade do nosso produto. Não temos porque temer”, destaca.
O presidente da Abef, Francisco Turra, afirmou recentemente que não é tão otimista para 2010 e projeta um crescimento máximo de 5%, porque o câmbio não deve ser alterado. O custo da produção deverá ficar estável já que a soja e o milho devem ter boas safras no mercado mundial.