Redação (06/12/2007)- Embora o Governo tenha anunciado, no final de novembro, o fim do embargo russo à carne brasileira, frigoríficos de oito Estados que foram autorizados a retomar as exportações para aquele mercado terão antes que ser inspecionados pelos órgãos de defesa sanitária dos dois países, o que só deve acontecer em 2008.
No final de novembro, a Rússia informou ao Governo brasileiro que a partir de 1º de dezembro retomaria as importações de carne bovina e suína fornecida por Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Amazonas e sul do Pará.
As importações desses Estados foram suspensas em dezembro de 2005 por causa dos focos de febre aftosa registrados em rebanhos de MS e do Paraná. Entretanto, a retomada das vendas depende da inspeção que também será feita nos frigoríficos localizados em outros Estados que já tinham autorização para exportar para a Rússia, segundo informações de técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.
Na prática, as unidades que estavam habilitadas a exportar carne para a Rússia terão agora de ser certificadas para o varejo no País europeu para retomarem as vendas. Isso significa que as empresas terão que adotar o sistema de embalagem individual das peças com etiqueta de origem. As cargas precisarão ser enviadas diretamente da indústria aos entrepostos e o certificado sanitário internacional terá de ser admitidos em papel moeda.
Os exportadores avaliam que as novas regras como rigorosas e acreditam que elas dificultarão as exportações brasileiras. O objetivo da nova rodada de inspeção é credenciar empresas para venda direta no mercado varejista da Rússia. As empresas que têm interesse em continuar vendendo carne para o mercado russo devem encaminhar o pedido de vistoria à Secretaria de Defesa Agropecuária. As medidas fazem parte de entendimentos para um novo acordo sanitário entre o Brasil e Rússia.
Novos detalhes do acordo devem ser acertados em um encontro de representantes dos dois governos por volta do dia 15 de dezembro informou fonte da iniciativa privada.