O segundo trimestre foi de contas negativas para maioria dos principais frigoríficos do país. A Marfrig teve perdas de R$ 91 milhões, depois de registrar lucro de mais de R$ 100 milhões no mesmo período em 2010. O frigorífico Minerva conseguiu diminuir as perdas, mas o prejuízo foi de R$ 3,4 milhões. Entre abril e junho de 2010, o resultado negativo tinha sido de mais de R$ 7 milhões. E a maior companhia do setor, a JBS, teve um prejuízo de mais de R$ 180 milhões entre abril e junho. No mesmo período, em 2010, a empresa tinha lucrado R$ 3,7 millhões.
A exceção foi a BR Foods, empresa que uniu a Sadia e a Perdigão. A companhia teve lucro líquido de R$ 498 milhões, um aumento de 190% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
De acordo com o diretor de RI da JBS, Jeremiah O’Callahann, os maus resultados são consequência dos problemas dos Estados Unidos.
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Para o diretor da Informa Economics FNP, José Vience Ferraz, resultado não foi bom, mas também não pode ser considerado desastroso.
“Se você fizer certas comparações, até houve uma evolução positiva. A questão é que o resultado não pode ser considerado bom porque é um resultado vermelho, exceto a Brasil Foods, que desfruta de uma situação diferenciada à medida que tem uma posição mais forte no mercado de frango e de suínos”, acredita.
Segundo o analista, a fase de incerteza no mercado deve durar ainda mais alguns meses.
“Esta fase negativa deve durar até o início do ano que vem, quando a oferta vai aumentar e o preço, para indústria, diminuir. Para o produtor será ruim. Mas toda essa expectativa não está imune aos efeitos da crise internacional e do que vai ocorrer na economia”, acredita Ferraz.
