A respeito das restrições temporárias às importações de carnes e produtos brasileiros por parte da Rússia, após inspeção de duas semanas realizada na última quinzena de abril em 29 processadoras de carnes bovina, suína, de frango e industrializados, o presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, esclarece que os frigoríficos que estavam credenciados permanecem nesta condição e que não houve corte daqueles já habilitados. “O que houve foi um pedido do governo brasileiro para a habilitação de novas indústrias e estas foram auditadas pelos técnicos russos, mas não foram aprovadas. Apenas isto,” explica.
Representantes do Ministério da Agricultura viajam para a Rússia no próximo dia 15 para esclarecer os motivos da não habilitação já que, segundo o presidente da Agrodefesa, não houve, até o momento, uma explicação plausível por parte da Rússia para o embargo. Antenor Nogueira esclarece ainda que em Goiás não há motivos para preocupação, e a exemplo do que ocorre com frigoríficos de Goiânia, Mozarlândia e Mineiros, as exportações de carne de Goiás para a Rússia transcorrem dentro da normalidade.
Antenor Nogueira também acredita que o não credenciamento de novas indústrias brasileiras está mais relacionado a uma possível imposição de barreiras comerciais do que necessariamente à inspeção sanitária efetuada no Brasil. De acordo com o comunicado publicado no site do Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia, 13 unidades continuam proibidas de vender àquele país e aos membros da União Aduaneira, e outras 8 unidades foram auditadas pela primeira vez e não foram habilitadas. Também foram propostas restrições temporárias a todos os locais inspecionados.