Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Meio Ambiente

Governistas apostam em rejeição do relatório do Código Florestal

Para Arlindo Chinaglia (PT-SP), o governo considera que o texto anistia produtores que desmataram além do permitido pela legislação.

Governistas apostam em rejeição do relatório do Código Florestal

O governo vai sair vitorioso da votação do novo Código Florestal, marcada para hoje, prevê o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP). O relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) é rejeitado tanto pelo PT quanto pelo Palácio do

Planalto e conta com o apoio do PMDB e da maioria da bancada ruralista. “Como o governo tem maioria aqui na Casa, não vai ser derrota do governo. A gente vai ganhar amanhã [hoje]”, disse Tatto.

Na votação do Código Florestal na Câmara no ano passado, o governo foi derrotado com o apoio da base aliada. À época, o plenário aprovou a Emenda 164, que estende aos Estados o poder de decidir sobre atividades agropecuárias em áreas de

preservação permanente (APPs). A medida foi incluída em plenário pelo PMDB da Câmara. Para alterar o tema, houve acordo do Palácio do Planalto com os parlamentares durante a discussão do projeto no Senado.

O líder petista informou que houve uma “evolução” do projeto aprovado na Câmara no ano passado para o texto que passou pelo crivo dos senadores. Tatto afirmou que, se o governo for derrotado na votação em plenário, a decisão final sobre o

tema ficará para a presidente Dilma Rousseff. “A presidenta tem a prerrogativa e vai ter que tomar uma decisão, se ela veta ou não”, disse o líder.

Para discutir o tema, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) se reúne pela manhã com os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; e das

Relações Institucionais, Ideli Salvatti. A bancada do PT também se reúne para tratar do tema.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), negou que o governo vá tentar impedir a votação. “Nós não vamos fazer nenhum tipo de obstrução. A orientação é trabalhar o mérito. Até porque em algum momento vai ter que

ser votado. Então, [em vez de] você ficar tentando um acordo que sabe que não vai ocorrer, é melhor votar”, afirmou em cerimônia no Senado.

Chinaglia afirmou que o relatório “não tem o apoio do governo pois consolida uma anistia” aos produtores que desmataram além do permitido pela legislação. Ainda assim, o líder afirmou que um “eventual” acordo para alterações no texto aprovado

pelo Senado que conte com o apoio de “parte dos deputados” pode ser alvo de discussão.