O governo federal está planejando implementar novas medidas para impulsionar a produção de alimentos básicos no próximo Plano Safra 2024/25, com o objetivo de lidar com a inflação desses produtos, que tem impactado a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A intenção é incentivar o aumento do cultivo de alimentos como arroz, feijão, milho, trigo e mandioca, que são essenciais na alimentação dos brasileiros.
Essas medidas incluirão um reforço na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), visando viabilizar a formação de estoques e a implementação de contratos de opção para os produtores. Em uma recente reunião com o presidente Lula, os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, explicaram que os recentes aumentos nos preços de produtos como arroz e feijão são resultado de fatores sazonais, entressafra e condições climáticas adversas, mas que os preços já começaram a cair no campo e essa redução deverá chegar aos supermercados até abril.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que os preços aos produtores de arroz já caíram de R$ 120 para R$ 100 a saca, e espera-se que essa queda seja repassada aos consumidores nos supermercados nos próximos meses. Ele ressaltou que o presidente Lula está preocupado com a estabilidade dos preços e em garantir que alimentos de qualidade estejam acessíveis para a população.
No próximo Plano Safra, serão adotadas estratégias para direcionar o crescimento da produção de alimentos como arroz, feijão, milho, trigo e mandioca, especialmente próximos aos centros consumidores. Além disso, está sendo considerada a oferta de juros mais baixos para os agricultores que decidirem cultivar esses produtos. A Política de Garantia de Preços Mínimos será utilizada para garantir preços justos aos produtores e estabilizar o mercado, com a possibilidade de compra pelo governo em momentos de baixa para formação de estoques.
O governo também pretende fortalecer a atuação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na formação de estoques, com a compra de alimentos como arroz, feijão e trigo. Essas ações visam garantir a segurança alimentar e a estabilidade dos preços no mercado interno, especialmente em momentos de crise ou escassez.