O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) negocia com o Ministério da Fazenda a oferta de contrato de opção de venda para o milho, que pode chegar até 3 milhões de toneladas. A iniciativa visa sinalizar para o produtor rural o comportamento do mercado futuro do grão.
A operação será realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e atenderá, sobretudo, a safra de inverno, cuja colheita inicia em julho próximo. O contrato de opção de venda é uma modalidade de seguro de preços que dá ao produtor rural e/ou sua cooperativa o direito – não obrigação – de vender seu produto para o governo, numa data futura, a um preço previamente fixado. Esse instrumento permite ao governo formar estoques públicos e também serve para proteger o produtor rural e/ou sua cooperativa contra os riscos de queda nos preços.
AGF
Segundo a Secretaria de Política Agrícola (SPA), o governo estuda a necessidade de garantir o preço do milho por meio de compra direta (Aquisição do Governo Federal/AGF), caso a cotação do grão fique abaixo do mínimo, hoje de R$ 16,50/saca de 60 kg, em Mato Grosso e Rondônia, e de R$ 19,21/saca nas regiões Sul e Sudeste, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
Além disso, o Ministério da Agricultura reforçou que é necessária a liberação de mais R$ 100 milhões para dar seguimento às operações de garantia de preço mínimo do trigo. Dessa forma, a Conab poderá fazer novos leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural ou suas Cooperativas (Pepro) e Prêmio para o Escoamento de Produto (Pep) de trigo. O preço mínimo do cereal está em R$ 644,17 a tonelada nos estados do Sul do país.