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Crédito

Governo regulamenta concessão de descontos para crédito rural no Rio Grande do Sul após enchentes

Governo regulamenta concessão de descontos para crédito rural no Rio Grande do Sul após enchentes

O Ministério da Fazenda publicou, nesta segunda-feira (7), uma portaria que regulamenta a concessão de descontos para a contratação de novas operações de crédito rural voltadas a pequenos e médios produtores do Rio Grande do Sul, atingidos pelas recentes enchentes. Esses descontos visam apoiar investimentos em recuperação de bens e áreas produtivas.

A autorização para os descontos havia sido originalmente dada pela Medida Provisória 1.216/2024, que perdeu validade em setembro. No entanto, o texto foi incorporado e sancionado pela Lei 14.981/2024, aprovada em 20 de setembro.

Os produtores que sofreram perdas de, no mínimo, 30% de sua estrutura produtiva poderão acessar os rebates. Essas perdas podem estar relacionadas a bens como máquinas, construções, equipamentos, criações e solos agrícolas e pecuários. A portaria abrange produtores de municípios em estado de emergência ou calamidade pública, reconhecidos até 31 de julho deste ano.

Valores dos descontos

  • Pequenos produtores: desconto de 30%, limitado a R$ 25 mil para quem está em área de calamidade e R$ 20 mil em área de emergência.
  • Médios produtores: desconto de 25%, com limites de R$ 50 mil em municípios em calamidade pública e R$ 40 mil em locais com estado de emergência.

Recursos destinados

O governo federal já havia reservado R$ 1 bilhão em maio para essa operação, distribuídos da seguinte forma: R$ 600 milhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e R$ 400 milhões para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

Simplificação de regras

A nova portaria também flexibiliza a exigência de aplicação prioritária de 70% dos recursos em áreas de calamidade, deixando essa decisão para as instituições financeiras, conforme a demanda. Além disso, simplificou-se a apresentação de laudos técnicos para justificar perdas de solo, facilitando o acesso ao crédito.

O governo também sinalizou que enviará um projeto de lei ao Congresso para regulamentar operações de crédito feitas entre 5 e 20 de setembro, período em que a MP perdeu validade e antes da sanção da nova lei. Isso se faz necessário para atender à Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige que o apoio financeiro a entes privados seja devidamente regulamentado.