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Greve dos fiscais preocupa exportador

<p>Para um exportador do setor de aves e suínos, 48 horas de greve já seriam suficientes para gerar um caos.</p>

Redação (13/06/07) – A greve dos fiscais federais agropecuários, marcada para começar no próximo dia 18 no país, pode paralisar parte dos embarques de carnes e gerar um "caos" na logística do setor, avaliam exportadores. 

A Comissão Nacional de Negociação dos Fiscais Federais Agropecuários publicou ontem anúncio comunicando os "usuários dos serviços do Ministério da Agricultura" que os profissionais entrarão em greve por tempo indeterminado. Inicialmente, a paralisação será de cinco dias. Se as reivindicações não forem atendidas, serão marcadas novas paralisações de forma intercalada, conforme o comunicado. 

Para um exportador do setor de aves e suínos, 48 horas de greve já seriam suficientes para gerar um caos, já que não há locais suficientes para estocar as mercadorias que deixariam de ser exportadas. "O prejuízo seria imenso", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Segundo ele, todas as carnes seriam prejudicadas, mas a situação seria ainda mais grave para o segmento de suínos, onde os excedentes já são altos por causa da crise gerada pelo embargo russo à Santa Catarina. 

O presidente da Abipecs disse que já há empresas falando em paralisar o abate de suínos, deixando os animais no campo. 

Os fiscais reivindicam o cumprimento integral de compromisso assinado com o governo federal em dezembro de 2005, depois de uma paralisação da categoria, que provocou prejuízos aos exportadores. Segundo a categoria, os itens não cumpridos são a reestruturação da carreira da fiscal federal agropecuário, pagamento imediato do passivo dos médicos veterinários e encaminhamento da proposta ao Ministério do Planejamento e Casa Civil para a Escola de Superior de Fiscalização Federal Agropecuária. 

"Falta interlocução e diálogo", afirmou Camargo Neto, referindo-se ao governo federal. Para o presidente da Abipecs, o governo "não pode empurrar com a barriga. O que foi acertado em 2005 precisa ser cumprido", defendeu.