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Gripe contamina preços de grãos

Doença foi o principal fator a pesar sobre os preços de soja, milho e trigo ontem.

A crise causada pelos casos de gripe suína – como a doença vinha sendo chamada até ontem, apesar dos protestos dos suinocultores – na América do Norte e na Europa foi o principal fator a pesar sobre os preços de soja, milho e trigo ontem, em dia de baixas dos preços dessas commodities. Teme-se que a doença diminua a demanda por esses produtos, base para a produção de ração para animais de criação, mas há receio que a demanda por outros produtos agrícolas também seja afetada.

Na bolsa de Chicago, principal referência internacional para a formação dos preços das commodities agrícolas, os contratos de soja com vencimento em julho recuaram 37 centavos de dólar, para US$ 9,97 por bushel. Os fundos especulativos acumularam um bom lucro nas últimas seis semanas, marcada pela valorização da soja, mas, com o temor causada pela gripe suína abriu as portas para a liquidação dos contratos futuros da commodity, disse à Dow Jones Newswires Tim Hannagan, analista da Alaron Trading, em Chicago.

No fim de semana, a Rússia já havia suspendido as importações de carne suína de pelo menos uma dúzia de Estados americanos como resposta ao temor causado pela disseminação da doença. Medidas como essa mostram o medo de que a gripe diminua a produção e o consumo de carne suína e, como consequência, a produção de ração, o que tende a afetar diretamente a demanda pelos grãos.

Foi expressiva também a desvalorização do trigo. Na bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em julho fecharam em baixa de 23,75 centavos de dólar, aos US$ 5,1950 por bushel. Em Kansas, os papéis que também vencem em julho caíram 22 cents, para US$ 5,7150 por bushel.

Como no caso da soja, o receio com os efeitos da gripe suína sobre as commodities agrícolas deu o tom dos negócios. “É um jogo emocional. Os argumentos são exagerados, mas isso é normal quando você está em meio a algo desconhecido”, disse Dale Durchholz, analista da AgriVisor.

A cotação do milho também encerrou o dia em baixa. Os contratos para julho caíram 5 centavos de dólar em Chicago, negociados por US$ 3,8075 o bushel.