A gripe suína provoca um choque a mais na já combalida situação financeira das companhias aéreas, admitiu hoje a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) ao anunciar resultados de março.O número de passageiros em voos internacionais caiu 11,1% em março em relação ao mesmo período do ano passado, com a crise econômica global continuando a reduzir a demanda.
O único sinal de esperança é que a demanda por cargo aéreo estabilizou em março, embora a queda ainda seja “chocante”, de 21,4% em relação a março de 2008, como resultado da queda livre no comércio internacional.
“Não é o fim da recessão, mas podemos ter atingido o fundo do poço”, afirmou o diretor geral da Iata, Giovanni Bisignani, em comunicado.
O temor agora é com relação aos estragos da gripe suína. “O momento não poderia ser pior, diante de todos os outros problemas que as companhias enfrentam”, disse Bisignani.
Ele notou que a recuperação no transporte aéreo depende da confiança do consumidor para voltar a gastar. Só que nos Estados Unidos, o maior mercado, as pessoas estão enormemente endividadas. Um corte de 5% no endividamento significará cortar US$ 500 bilhões no consumo, o que já será extremamente duro.