A indústria brasileira de carne suína está “paralisada” ante as notícias da gripe originada no México e que se espalha pelo mundo.
Apesar de organizações de saúde descartarem o contágio humano por meio do consumo da carne, o setor está “receoso” quanto aos efeitos da associação da gripe ao animal, segundo o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto.
Segundo ele, nenhum país cancelou pedidos já feitos a indústrias brasileiras, mas o setor está preocupado e já reduz o ritmo das compras.
“Os exportadores estão receosos de fazer compras e quanto às vendas. Até agora, não há nenhuma perda concreta de negócios. Mas saímos da normalidade. Houve uma paralisia”, disse .
“Estamos convivendo por 48 horas com a notícia. Há uma certa perplexidade pela gravidade da doença, muita confusão e desinformação”, acrescentou.
Camargo Neto acrescentou que o vírus, em circulação em alguns países e envolvendo a transmissão entre pessoas, não é passado pela comida. “Este vírus não foi isolado em suíno ou qualquer outro animal até a presente data.”