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Hong Kong compra mais suíno do Brasil

<p>A ''doença da orelha azul'', que afeta os plantéis de suínos na China, já tem efeitos sobre as exportações brasileiras de carne suína.</p>

Redação SI (10/09/07) – Em agosto, os embarques para Hong Kong alcançaram 17.006 toneladas, 113,91% mais do que em igual mês de 2006, segundo a Associação Brasileira da Indústria Exportadora e Produtora de Carne Suína (Abipecs). Até julho, os embarques ao país acumulam alta de 37,81%, para 68.872 toneladas. 

A explicação é que Hong Kong é cliente da China, um exportador de carne suína que vive restrições de oferta do produto por conta de sacrifícios de animais para conter a doença. Essa situação, segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, abre espaço para as vendas brasileiras. "Estamos crescendo em Hong Kong e devemos, no futuro, também exportar para a China", disse. Ele observou que os chineses já buscam o produto nos EUA e na Europa. Além disso, este mês o Brasil receberá a visita da delegação da autoridade quarentenária chinesa para a reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível e a carne suína está na pauta de discussões. 

Com o avanço das exportações para Hong Kong, o Brasil fica menos dependente do mercado russo, desde sempre o principal cliente para a carne suína. Em agosto, as vendas à Rússia somaram 23.892 toneladas, 31,28% a menos que em igual mês de 2006. Até agosto, foram 184.150 toneladas, alta de 14,9% ante igual período de 2006. 

No total, as exportações brasileiras do produto somaram 391.450 toneladas até agosto, 22,6% mais que no mesmo intervalo de 2006. Em receita, as vendas somaram US$ 759,7 milhões, alta de 21,77%.