No “Informe UBA”, divulgado hoje (12/04), o presidente da União Brasileira de Avicultura, Ariel Mendes, destacou a prorrogação do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI). Este programa, segundo Mendes, pode auxiliar a cadeia produtiva no processo de tecnificação. “O setor é hoje o segmento produtivo mais avançado tecnologicamente entre os produtores de cárneos do País”, afirma em comunicado. Veja a íntegra:
Ao final do mês de março, recebemos a excelente notícia vinda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sobre a prorrogação do Programa BNDES de Sustentação do Investimento – BNDES PSI.
Agora, segundo informações repassadas pela instituição de fomento econômico brasileiro, os beneficiários do programa terão até 31 de dezembro deste ano.
Iniciado em junho de 2009 – em meio à crise internacional – o BNDES PSI objetivou estimular a antecipação de investimentos por parte das empresas dos variados segmentos. De acordo com o BNDES, em torno de R$ 30 bilhões dos R$ 51,4 bilhões destinados à ação já foram utilizados.
Como nem tudo são flores, as taxas de uso do benefício sofrerão acréscimos a partir de julho. Quem quiser adquirir novos equipamentos e financiamentos à exportação, pagarão um ponto percentual a mais, de 4,5% para 5,5%.
Embora alguns venham a levantar estes benefícios como indiretos à cadeia produtiva, ressaltamos a importância que a tecnificação tem para a avicultura. O setor é hoje o segmento produtivo mais avançado tecnologicamente entre os produtores de cárneos do país. Tais avanços, proporcionados por fortes investimentos na estrutura da produção, garantiram ao país conquistar status que o coloca na liderança mundial das exportações e como terceiro maior produtor do planeta. Justamente por isso, somos ostensivamente cobrados pelas autoridades nacionais e internacionais em relação à constante modernização dos processos produtivos.
E com o novo programa do BNDES, segundo informaram empresas de equipamentos, ajudou a aquecer a demanda por equipamentos. Foi de grande benefício aos vários elos da cadeia: aos produtores, que passaram a contar com condições vantajosas para as novas aquisições em equipamentos; e à indústria produtora de equipamentos, que pode aumentar seu giro de vendas em um momento onde a incerteza ainda pairava sobre o futuro da avicultura.
A colaboração do governo federal sempre é fundamental, e se torna ainda mais importante em momentos de recuperação econômica, como o atual. Considerando futuras demandas do setor como as exigências da Instrução Normativa 59 – que a partir de 2012 implantará novas exigências em relação à estrutura das granjas – a boa vontade governamental é ainda mais imprescindível.
É a mesma postura que esperamos em relação a outras ações, como por exemplo, a expansão do limite de crédito disponível para custeio de integrados – pleito da UBA e da Abef junto ao Ministério da Agricultura. O momento é de intensificar as medidas de fomento e temos certeza de que o setor continuará a contar com o suporte federal para desenvolver o setor avícola.
Ariel Antônio Mendes – presidente da União Brasileira de Avicultura