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Ilha de excelência - por Joel Naegele

Para suprir uma carência sentida e reclamada pelos produtores de leite do Estado do Rio, a fazenda Santa Cecília ganha destaque no setor leiteiro.

Ilha de excelência - por Joel Naegele

Para suprir uma carência sentida e reclamada pelos produtores de leite do Estado do Rio, a fazenda Santa Cecília, localizada no município de São Sebastião do Alto, na região serrana de Nova Friburgo, ganha destaque no setor leiteiro. Atualmente, a propriedade investe recursos financeiros e competência na produção de gado de leite de qualidade e adaptado às condições climáticas de uma região que há muito tempo produz o indispensável alimento de enorme importância na alimentação humana.

Já se vão muitos anos que os fazendeiros envolvidos nessa atividade – considerada pouco lucrativa – reclamavam da inexistência de fazendas que pudessem se dedicar à criação de gado com as características que ora se observa na Santa Cecília.  Hoje, o trabalho desenvolvido na fazenda é considerado pioneiro.

É  bem possível que essa interessante e inteligente ideia, que tem à sua frente o veterinário Arildo Pinto Cunha – formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, com mestrado e doutorado na Universidade Federal Rural de Minas Gerais, e enriquecido com vários cursos de especialização no ramo – se deva, em parte, ao revolucionário programa denominado “Balde Cheio”, criado pela Embrapa.  A iniciativa está provocando uma importante mudança no setor, com a adoção de tecnologias facilmente adaptáveis por sua simplicidade e praticidade.

A política do programa tem por base a especialização dos produtores, que são assistidos por técnicos preparados para a sua execução. O objetivo é que as áreas destinadas à produção sejam cuidadas com zelo permanente, e que o gado tenha alta qualidade, a partir de tecnologias obtidas dentro de padrões que superam tudo o que até então se praticava em nosso estado.

Acompanhando as mudanças ocorridas no processo produtivo, é interessante notar uma considerável evolução: aqueles que alcançavam menos de cem litros diários, com a adesão ao programa, estão produzindo na mesma área, com menor número de vacas, e três vezes mais do que antes. A partir daí, melhoram sua renda, com ganhos até então inimagináveis.

Nesse sentido, a fazenda Santa Cecília, sob o comando de Arildo Pinto Cunha, cumpre bem o seu papel de cuidar do gado de alta produção, adaptado às nossas condições de clima e solo.

Espera-se, agora, que o prefeito de São Sebastião do Alto se incorpore ao processo e faça a sua parte, permitindo que a estrada de acesso à fazenda tenha condições de tráfego o ano todo.

Achamos que não é querer muito.

Por Joel Naegele, vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA)