Além de motivar novos projetos de expansão da produção de alimentos, de impulsionar fusões e aquisições em diversas cadeias do agronegócio, de valorizar as commodities agrícolas e de torná-las cada vez mais atrativas para os grandes fundos de investimentos internacionais, as projeções de forte aumento da demanda global por alimentos nas próximas décadas passaram também a destacar a importância da ampliação do uso de tecnologia nas lavouras para garantir a contínua elevação da produtividade.
Para Davi Roquetti Filho, diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), que representa a indústria brasileira de fertilizantes, é esse horizonte promissor para a demanda que motiva a consolidação de um novo perfil de players no segmento. Se antes companhias ligadas ao agronegócio tinham destaque na prospecção de novas jazidas minerais para a produção de nutrientes derivados de fósforo e potássio, hoje o serviço começa a ser dominado por grandes mineradoras, dada a necessidade de ganho de escala e o encarecimento dos trabalhos de exploração. “Os fertilizantes têm uma importância estratégica para o equilíbrio e a sustentabilidade do planeta. Sem comida, há guerra. O interesse mundial no segmento está diretamente ligado a esse futuro”.