O presidente do Instituto Nacional da Carne Suína, Wolmir de Souza, entregou um ofício ao deputado federal Valdir Colatto solicitando apoio para requerer junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma solução para a escassez de soja no mercado interno. A estiagem que atingiu o sul do país durante estes primeiros meses de 2012 diminuiu a safra do insumo, a consequência foi a alta do preço do farelo de soja, um dos principais compostos da ração animal, o que acabou prejudicando os produtores de suínos e aves. Não bastasse isso, o insumo bateu recordes de exportação, deixando o mercado interno descoberto e obrigando empresas de ração e pecuaristas a importar soja para o Brasil.
Na visão de Wolmir de Souza, o mercado está nadando contra a corrente. “Querem exportar carne suína para países como a China, mas ao mesmo tempo exportam soja para estes mesmos países alimentarem a produção animal deles e deixam o produtor brasileiro sofrendo com os altos preços e a falta de soja no mercado interno”, expressou. Dentro do documento entregue ao deputado Colatto, continha ainda reportagens que espelham a situação a que de Souza se refere.
Colatto, atento às questões que envolvem a agropecuária, garantiu apoio e afirmou que irá levar o documento até as mãos do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho. “Teremos que achar uma solução para isto, o governo tem que trabalhar os setores em crise, no caso a suinocultura”, disse Colatto. “Uma alternativa é oferecer soja em sistema de balcão, utilizando a mesma política que temos com o milho. Também é preciso liberar uma linha de crédito para que os produtores tenham acesso ao insumo”, completou.
Notícias Relacionadas
Pleitos da Suinocultura
Entre os pleitos do deputado federal Valdir Colatto para o setor suinícola, está a regionalização do Sistema de Inspeção Federal – SIF, que tem por objetivo permitir que frigoríficos e empresas de industrialização de carne suína possam vender em todo o território brasileiro. Na concepção de Colatto, tanto a inspeção municipal quanto a estadual devem seguir os mesmos critérios da inspeção federal. “Teremos um produto de qualidade, regionalizado e com valor agregado que poderá ser comercializado em todo o território brasileiro”, explicou.
