Optar pela produção de alimentos com Indicação Geográfica (IG) pode fazer a diferença na hora de exportar. Essa forma de agregar valor ao produto foi apresentada, na última quinta (22/10), pelo superintendente Federal de Agricultura em Santa Catarina, Francisco Van de Casteele, a produtores de Xanxerê (SC) que participam do 29º Seminário do Agronegócio para Exportação (AgroEx).
Os produtos com Indicação Geográfica têm características relacionadas ao local de origem e podem ser classificados com Indicação de Procedência – assume o nome do local de fabricação – ou por Denominação de Origem, quando caracterizam-se pelas tradições e costumes da região. “Os produtores organizados, em ação coletiva, devem trabalhar para o registro da identidade”, enfatizou o superintendente.
Entre as vantagens apresentadas por Van de Casteele, está a distinção do produto pelos consumidores, com garantia de qualidade, agregação de valor, facilitação de ações de marketing e reconhecimento internacional. “Além disso, o IG protege pequenas cadeias de produção de alimentos e evita a concorrência desleal”, completou.
Segundo o superintendente, em alguns países a valorização da produção já é bastante utilizada. A China possui cerca de três mil indicações geográficas reconhecidas. Ele ressalta, no entanto, que no Brasil ainda existem poucas formas de identificar a produção de acordo com o local de origem. A cachaça de Paraty, as frutas do Vale do São Francisco, o couro do Vale do Sinos e os vinhos do Vale dos Vinhedos são alguns exemplos.
IG em Santa Catarina – Potenciais indicações geográficas catarinenses também foram citadas pelo representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa): os Vales da Uva Goethe, no sul catarinense, a maçã do município de São Joaquim e o queijo serrano, característico das serras de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.