A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) desacelerou para 0,22% em março, ante alta de 0,29% em fevereiro, de acordo dado divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O indicador é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 de fevereiro e 10 de março. Em março de 2012, o IGP-10 subiu 0,27%.
A alta acumulada em 2013 é de 0,94% e, em 12 meses, de 8,01%.
Dentre os componentes do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – com peso de 60% – avançou para 0,11%, em março. Em fevereiro, a variação foi de 0,05%. O IPA de produtos agropecuários registrou deflação de 0,45%, ante queda de 1,73% em fevereiro. O de produtos industriais desacelerou para alta de 0,33%, ante 0,79% no mês passado.
No IPA geral, as maiores influências positivas foram minério de ferro (2,53% para 4,92%), ovos (1,67% para 18,13%) e óleo diesel (3,57% para 3,44%). Mas maiores influências negativas partiram de soja em grão (-13,39% para -5,53%), farelo de soja (-8,70% para -11,58%), carne bovina (2,79% para -4,61%) e milho em grão (-3,07% para -2,37%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – com peso de 30% – registrou variação de 0,49%, em março, ante 0,74%, em fevereiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram variações mais baixas, com destaque para alimentação, que passou de alta de 2,06% para alta de 1,26%. A desaceleração desse grupo foi puxada pelos itens hortaliças e legumes (20,07% para 8,20%) e carnes bovinas (1,18% para -1,21%).
Também apresentaram taxas mais baixas os grupos educação, leitura e recreação (2,64% para 0,44%), despesas diversas (3,42% para 0,34%) e vestuário (0,25% para -0,04%). As maiores contribuições para esses movimentos partiram dos itens: cursos formais (5,10% para 0,16%), cigarros (7,21% para 0,15%) e roupas (0,10% para -0,23%), respectivamente.
Em contrapartida, registraram alta os grupos habitação (-0,93% para -0,43%), transportes (0,61% para 0,91%), saúde e cuidados pessoais (0,37% para 0,58%) e comunicação (0,04% para 0,43%). Nessas classes de despesa, destacaram-se os itens: tarifa de eletricidade residencial (-10,65% para -8,16%), gasolina (1,59% para 3,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,25% para 0,90%) e tarifa de telefone residencial (0,13% para 1,11%), nesta ordem.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – com peso de 10% – registrou, em março, taxa de variação de 0,37%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,84%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,41%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,59%. O índice que representa o custo da mão de obra variou 0,32%, em março. Na apuração referente ao mês anterior, o índice variou 1,08%.