A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal desacelerou para 0,45% na quarta quadrissemana de novembro, que equivale ao fechamento do mês, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.
No fechamento de outubro, o indicador subiu 0,48%. O IPC-S, contudo, mostrou aceleração no confronto com a terceira semana de novembro, quando marcou 0,38%.
Com o resultado de novembro, o IPC-S acumula alta de 5,05%, no ano, e 5,89% em 12 meses.
Na passagem da terceira para a quarta semana de novembro, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram taxas de variação mais altas. A principal contribuição partiu do grupo alimentação, que subiu de 0,18% para 0,53% no período. Nesta classe de despesa, a FGV destacou deflações menos acentuadas em hortaliças e legumes (de -11,94% para -9,43%) e carnes bovinas (de -1,12% para -0,02%).
Também registraram inflação mais alta os grupos: habitação (de 0,51% para 0,59%), vestuário (de 0,83% para 1,02%), despesas diversas (de 0,20% para 0,34%) e educação, leitura e recreação (de 0,67% para 0,72%). Nessas classes de despesa, se destacaram a tarifa de eletricidade residencial (de 1,17% para 2,10%), roupas (0,72% para 0,98%), cigarros (de 0,00% para 0,60%) e passagem aérea (de 7,96% para 11,30%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos transportes (de 0,22% para 0,03%), saúde e cuidados pessoais (de 0,52% para 0,42%) e comunicação (de 0,08% para 0,04%) registraram taxas de variação menores, puxados por itens como gasolina (de 0,69% para -0,04%), salão de beleza (de 1,31% para 0,97%) e mensalidade para internet (de -1,49% para -2,25%), nesta ordem.
Itens que mais pesaram
Individualmente, os itens que mais contribuíram para a leitura do IPC-S semana final de novembro foram tarifa de eletricidade, que passou de 1,17% para 2,10% na passagem da terceira para a quarta semana do mês; refeições e bares e restaurantes (de 0,59% para 0,95%), móveis para residência (de 1,21% para 1,89%), sanduíches (de 2,17% para 2,07%) e passagem aérea (de 7,96% para 11,30%).
No lado contrário, a deflação dos alimentos foi amenizada, mas ainda assim essa classe foi a que registrou as maiores quedas no período: tomate (de -31,65% para -26,15%), cebola (de -12,17% para -10,43%), cenoura (de -16,51% para -14,04%) e batata inglesa (de -6,44% para -3,90%). Automóvel usado (de 0,35% para -0,56%) também contribuiu para amenizar a inflação do IPC-S.
Comparação mensal
Na comparação com o fechamento de outubro houve alta em três de oito grupos: vestuário (de 0,78% para 1,02%), habitação (de 0,36% para 0,59%), educação, leitura e recreação (de 0,24% para 0,72%).
Houve desacelerações em alimentação (de 0,67% para 0,53%), comunicação (de 0,45% para 0,04%), saúde e cuidados pessoais (de 0,48% para 0,42%), transportes (de 0,43% para 0,03%) e despesas diversas (de 0,39% para 0,34%).