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Economia

Inicia a recuperação da suinocultura com alta de preços

De abril a outubro preços sobem 37% em Santa Catarina.

Inicia a recuperação da suinocultura com alta de preços

Depois de um longo período de margens neutras ou negativas, a suinocultura catarinense – a mais avançada do país – iniciou uma escalada de recuperação dos preços praticados na remuneração dos criadores de suínos. A Coopercentral Aurora Alimentos, empresa que detém o maior volume de abate em Santa Catarina, elevou nesta quarta-feira o preço por quilograma de suíno em pé para R$ 2,86, incluída a tipificação (adicional  por qualidade da carcaça).

Desde 4 de abril deste ano, quando o preço atingiu seu menor valor, até 10 de outubro, a remuneração básica (sem tipificação) do suinocultor teve uma recuperação de 37%.

“Em abril chegamos ao fundo do poço, ali permanecemos até julho e de lá para cá começamos o lento e gradual processo de recuperação”, resumiu o  presidente da Coopercentral Aurora Mário Lanznaster.

Em abril o preço-base estava em R$ 1,90 e em julho começou a recuperação. Em setembro chegou a R$ 2,40, em 1o de outubro subiu para R$ 2,50 e em 10 de outubro passou a R$ 2,60. O preço-base é acrescido do adicional da tipificação, índice que pode chegar até 10%, o que eleva o valor pago ao criador para R$ 2,86/kg a partir desta semana.

A previsão para o último trimestre é de equilíbrio entre oferta de matéria-prima e processamento industrial. Ainda assim, a recuperação de ganhos dos criadores deve prosseguir até janeiro e avançar mais 10% nesse período. De fevereiro a abril de 2013 entrará em sazonal fase de baixo dinamismo comercial e nível de consumo.

O presidente da Coopercentral Aurora enfatiza que o ano foi difícil para a suinocultura. No plano interno houve excessiva oferta de carnes em geral e o preço da carne bovina (reguladora do mercado) esteve em baixa, pressionando negativamente   todos os produtos cárneos. Além disso, a disparada nos preços dos principais insumos (soja e milho) encareceu fortemente a produção de suínos no Brasil e afetou a competitividade do setor neste ano, prejudicando as indústrias e mais de 17.000 suinocultores.

No plano externo, as exportações foram fracas, a Argentina suspendeu a compra da carne suína, a Rússia não correspondeu às expectativas e os negócios com os Estados Unidos ficaram só na intenção.  A abertura do Japão para a carne suína brasileira deve ocorrer este ano, mas, efetivamente, vendas somente para 2013.