O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, desacelerou para 0,16% em março, marcando uma significativa queda em relação à taxa de 0,83% registrada em fevereiro e à alta de 0,71% de março de 2023.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicando o menor índice para março desde o ano de 2020, quando o IPCA foi de 0,07%.
Com o resultado de março, a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 3,93%, uma redução em comparação aos 4,50% registrados até fevereiro.
Apesar de estar acima do objetivo central de 3% estabelecido pelo Banco Central para 2024, o índice permanece dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
O IPCA é calculado com base nos gastos de famílias que ganham de um a 40 salários mínimos, cobrindo dez regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
O segmento de alimentação e bebidas apresentou desaceleração pelo segundo mês consecutivo, com um aumento de 0,53% em março, abaixo dos 0,95% de fevereiro e da alta de 1,38% em janeiro.
Este grupo foi responsável por quase 70% do IPCA do mês, contribuindo com 0,11 ponto percentual para a taxa de 0,16%.
Dentro da categoria de alimentação, os custos para alimentação no domicílio aumentaram 0,59% em março, uma desaceleração em relação aos 1,12% de fevereiro, com destaque para as altas nos preços da cebola (14,34%), tomate (9,85%), ovo de galinha (4,59%), frutas (3,75%) e leite longa vida (2,63%).
Já a alimentação fora do domicílio teve aumento de 0,35%, uma desaceleração em comparação ao aumento de 0,49% registrado no mês anterior. O preço do lanche subiu 0,66%, enquanto o custo de refeições teve variação de 0,09%, abaixo da taxa de 0,67% observada em fevereiro.