O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer cerca de 1% este ano. A projeção é de alta entre 0,2% e 1,2%, mas o diretor de estudos e políticas macroeconômicas do Ipea, João Sicsú, acredita que a variação ficará na banda superior, entre 0,7% e 1,2%.
Para o ano que vem, o economista prevê crescimento do PIB na casa dos 5%, com a volta ao ritmo pré-crise. Sicsú ressalta que as políticas adotadas pelo governo para evitar um grande impacto da crise no Brasil impediram que grandes bancos e empresas quebrassem no país . Segundo ele, os efeitos dessas medidas deverão “atingir a plenitude” a partir de 2010. “Se o empresário investir hoje, vai ter mercado no ano que vem e possivelmente em 2011”, pondera.
O setor produtivo também se mostra mais confiante. O Sensor Econômico, divulgado sexta-feira pelo Ipea, registra uma visão positiva a respeito do Produto Interno Bruto (PIB). Em setembro, o Sensor atingiu 26 pontos, o melhor resultado da série iniciada em janeiro.
Entre os quatro componentes do índice, as contas nacionais – que englobam a visão sobre o PIB e o desempenho das exportações – passaram a puxar as estimativas, com 41,3 pontos em setembro, expressiva alta em relação aos 30,9 pontos de agosto. A expectativa para juros e inflação derrubaram o componente parâmetros econômicos (de 48,9 pontos, em agosto, passou para 38,3 pontos no mês passado). “A perspectiva de crescimento da inflação contribuiu para a piora da percepção sobre os juros”, diz Valdir Melo, técnico de pesquisa e planejamento do Ipea.