O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculado à Secretaria da Agricultura do estado, encerrou a terceira quadrissemana de setembro com variação negativa de 1,29%. Foi a segunda queda consecutiva do indicador depois de uma sequência de duas altas.
A queda foi puxada pelo grupo composto por seis produtos de origem animal (IqPR-A) que teve queda de 2,69%, com destaque para a carne suína (-12,56%) e ovos (-5,22%) . Já o grupo formado por 14 produtos de origem vegetal (IqPR-V) apresentou queda de 0,66%, com destaque para a queda da laranja para indústria (-14,21%), em consequência da grande safra colhida, e o trigo (-3,24%) . Quando a cana de açúcar é excluída do cálculo do índice, devido a sua importância na ponderação dos produtos, tanto o IqPR (-2,26%) como o IqPR-V (-1,52%) tem quedas maiores.
A queda dos preços da laranja para indústria decorre da magnitude da safra colhida, com as agroindústrias operando em plena colheita no limite da sua capacidade de moagem e numa realidade de demanda interna plenamente abastecida, conduzindo a queda expressiva dos preços, atingindo patamares críticos para os produtores. Para a carne suína, a continuidade das incertezas devido ao endurecimento das regras sanitárias impostas pela Rússia, produziu maior oferta de animais para o abate e empurrou para baixo as cotações.
Já os produtos do IqPR que registraram as maiores altas nesta quadrissemana foram: café (14,57%), feijão (8,72%), banana-nanica (8,54%), soja (4,77%) e arroz (3,49%). Para o café, os preços em alta decorrem da pressão da demanda interna.