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Japoneses serão os primeiros a negociar com carne com SC

<p>Compradores japoneses desembarcam em Santa Catarina na segunda quinzena de outubro de olho na importação da carne suína catarinense.</p>

Redação SI (23/05/07) – Essa é a primeira conseqüência da conquista do título de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação. O status foi confirmado nessa terça-feira (22-05) pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, mas o Ministério da Agricultura revela que as negociações com novos mercados estão adiantadas.

"Saímos em busca de novos clientes, como Japão, Coréia e Itália. As negociações estão avançando a tal ponto que os japoneses já marcaram uma visita", reconhece Nelmon Oliveira da Costa, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura.

Abrir o mercado japonês é um trunfo para o governo brasileiro. Isso porque os asiáticos são os que pagam os melhores preços, mas somente aceitam comprar carnes bovina e suína de zonas reconhecidas internacionalmente como livre de aftosa sem vacinação.

"Agora, as perspectivas de mercado aumentam bastante. Várias negociações estão sendo analisadas – confirmou o ministro da Agricultura", Reinhold Stephanes.

Horas depois de a OIE confirmar o novo status de Santa Catarina, o ministro apostava até na reabertura do mercado russo à carne suína catarinense. Os técnicos do ministério devem tentar derrubar o embargo, que já dura 18 meses.

"Como agora temos um argumento muito importante, creio que seja possível sensibilizar os russos", disse Stephanes.

A conquista de novos mercados, assim como a manutenção da certificação da OIE, no entanto, dependem de uma série de investimentos. Um dos projetos, em fase de implantação pelo Ministério da Agricultura, é a criação de uma "faixa de segurança" nas fronteiras entre Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.

Com orçamento de R$ 80 milhões, a proposta implica no monitoramento de 15 quilômetros das fronteiras, no georeferenciamento das propriedades e no rastreamento do transporte dos animais.

Municípios da fronteira de outros estão terão vacinas

Para garantir a credibilidade da vigilância sanitária nos demais estados, há a intenção de realizar a vacinação assistida, em especial nos municípios de fronteira. A idéia é de um trabalho conjunto com os governos dos países vizinhos. "Ainda não há definição para o início do trabalho, mas os R$ 80 milhões já estão disponíveis", salientou Stephanes.

Santa Catarina também terá que investir em um programa de rastreabilidade dos rebanhos. Apesar de a adesão ser voluntária, o produtor depende da implantação dessas regras para poder exportar. Serão colocadas informações à disposição dos compradores.

O Ministério da Agricultura ainda deixou um alerta para o Estado: daqui para frente os cuidados com o trânsito de produtos de origem animal terão que ser intensificados.