A JBS pôs à venda cerca de 45 imóveis – terrenos e antigas unidades de laticínios que pertenceram ao Bertin -, conforme o Valor apurou. As negociações de cerca de 15 imóveis estariam em fase avançada, e o total de ativos estaria avaliado entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. Procurado pela reportagem, o JBS não confirmou essas informações e disse, por meio de sua assessoria de imprensa, não ter nenhum plano definido de venda de ativos.
De acordo com fonte do mercado, parte dos imóveis em oferta foi originada da Vigor, empresa que já tinha sido adquirida pelo Bertin quando o frigorífico foi comprado pela JBS em 2009. Ao comprar o Bertin, a JBS teria incorporado também ativos que não eram de seu interesse ou que já estavam desativados, de acordo com a fonte.
Os ativos imobiliários começaram a ser oferecidos ao mercado no segundo semestre de 2011, mas a oferta passou a ser intensificada neste mês. Por enquanto, os imóveis chamaram a atenção, principalmente, de empresários locais que já atuam em alguns dos municípios do interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, Estados em que os imóveis comercializados estão localizados. Existe expectativa também que incorporadoras possam engrossar a lista de compradores. Segundo a fonte, na maioria dos caos, os terrenos têm infraestrutura e são de fácil acesso.
Ainda que o total de até R$ 150 milhões que pode ser obtido com a comercialização desses imóveis seja muito inferior à geração de caixa operacional de R$ 897 milhões registrada pela JBS no terceiro trimestre de 2011, não se trata de valor desprezível. No ano passado, para elevar a geração de caixa e reduzir sua alavancagem, a empresa tomou medidas de redução de custos, como remanejamento de operações. A empresa melhorou as operações também por meio de sinergias entre as unidades que possui em todo o mundo, principalmente no Brasil e nos Estados Unidos.