O Departamento de Justiça dos Estados Unidos decidiu autorizar a transação para a compra da Monsanto pela Bayer. A autorização foi liberada após as duas empresas entrarem em comum acordo sobre a decisão de vender mais ativos para garantir o aval do governo norte-americano.
Os CEOs da Bayer e da Monsanto, Werner Baumann e Hugh Grant, passaram os últimos dias empenhados em reuniões junto ao Departamento de Justiça dos EUA a fim de exercer pressão para o fechamento do negócio. As autoridades estavam adiando sumariamente sua decisão por manifestarem preocupações em relação a fusão, já que se tratava de uma união que envolvia duas grandes empresas da mesma área de atuação e uma grande soma de dinheiro.
A Comissão Europeia já havia aprovado a fusão das empresas durante o mês passado, mediante determinadas condições como a comercialização de mais de US$ 7 bilhões em ativos da Bayer para a companhia alemã Basf. Conforme os termos da decisão, a venda dos ativos incluiu além do negócio de sementes, também ativos relacionados a seus herbicidas à base de glifosato.
Após aceitar os termos impostos pela Comissão Europeia, a Bayer foi beneficiada com a aprovação de mais da metade das quase 30 autoridades responsáveis por regulamentar e avaliar transações em uma série de países como Brasil e a China, por exemplo. Agora, segundo o que foi definido pelo Departamento de Justiça dos EUA, a empresa deverá vender ativos adicionais de sementes, além de fazer concessões relacionadas ao seu negócio de agricultura de precisão, que também tem grandes chances de terem seus ativos adquiridos pela Basf.
As duas empresas já haviam anunciado sua fusão em setembro de 2016, em uma transação envolvendo mais de US$ 60 bilhões. Juntas, elas se tornarão os maiores fornecedores mundiais de agroquímicos e sementes para agricultores.