Redação (09/03/2009)- Com críticas incisivas à política agrícola nacional, a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), lançou ontem em Itumbiara o programa CNA em Campo. "Não podemos mais produzir tendo como apoio uma política de crédito de improviso", disse.
Segundo Kátia Abreu, "o produtor não quer benesses nem privilégios, mas condições reais para produzir e continuar na atividade". Ela adiantou, entretanto, que a CNA e os ministérios da Fazenda e da Agricultura estão desenvolvendo um estudo conjunto para identificar os gargalos do crédito rural brasileiro e propor soluções.
Endividamento
Durante seu discurso de lançamento do programa, a presidente da CNA lembrou o grave quadro de endividamento do setor rural e previu mais dificuldades com as severas restrições de crédito.
Segundo ela, o cenário para a safra 2009/10 é de grande cautela entre os produtores, inseguros que se sentem em relação à disponibilidade de crédito, aos patamares de preços da commodities e ao apoio oficial para a comercializar a produção agrícola.
Durante todo o dia, Kátia Abreu cumpriu uma extensa agenda de encontros, com visitas ao prefeito de Itumbiara, José Gomes, ao Ministério Público local, à empresa Caramuru Alimentos, além de encontros com políticos e presidentes de sindicatos rurais da região de Itumbiara.
Para a senadora Kátia Abreu, o foco do programa CNA em Campo é a aproximação das entidades de produtores da sociedade brasileira. Segundo ela, a principal estratégia é de mobilização dos representantes do setor para que apresentem à sociedade a importância do trabalho do produtor para o País.
Ao abrir a Exposição de Tecnologia (Expotécnica), no campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), a presidente da CNA destacou a importância das atividades de ensino e pesquisa para o desenvolvimento tecnológico da produção agropecuária.
Acompanharam a presidente da CNA o senador Demóstenes Torres e o deputado federal Ronaldo Caiado, ambos do DEM-GO, além do presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, e do deputado federal e secretário extraordinário do governo de Goiás, Roberto Balestra, como representante do governador Alcides Rodrigues.