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La Rural adverte que o país se transformará em importador de carne

<p>A produção de carne de gado na Argentina corre o risco de desaparecer pelas contínuas restrições que desanimam o negócio e promovem a liquidação de fêmeas e do rodeio em geral.</p>

Redação (12/09/2008)- A Sociedade Rural Argentina (SRA) alertou sobre a necessidade futura de importar carne de gado e pediu que seja adotada uma política pecuária para que os criadores deixem de "trabalhar no prejuízo".

"A produção de carne de gado na Argentina corre o risco de desaparecer pelas contínuas restrições que desanimam o negócio e promovem a liquidação de fêmeas e do rodeio em geral", segundo indicou um informante da entidade agropecuária.

Por isso, a Sociedade Rural manifestou que "a Argentina se transformará em importadora de carne de gado", já que estabeleceu que atualmente "os criadores trabalham no prejuízo: em todas as regiões do país seus custos de produção de terneiros superam seu lucro".

A entidade disse que "as contínuas intervenções governamentais no mercado de carnes e as intermináveis restrições para exportar, tem destruído o negócio pecuário".

A Sociedade Rural advertiu que esta política oficial conduziu ao "aumento da carne ao consumidor" e a "diminuição do preço ao produtor, gerando uma transferência de recursos dentro da cadeia da carne, que expulsa o criador da atividade".

Por outro lado, mostrou que "hoje o produtor agropecuário recebe pelos seus novilhos o mesmo valor que em janeiro de 2003, enquanto a inflação faz aumentar os insumos e serviços, mais os aumentos de salário, tornando difícil o desenvolvimento desta atividade".

As exportações estão em baixa. Por outro lado, o Instituto de Promoção de Carne de Gado Argentina (IPCVA), afirmou que as exportações de carne argentina alcançaram em julho de 2008, 20.593 toneladas por um valor aproximado de 125 milhões de dólares, o que significou uma queda de 44% em volume, comparando com o mesmo mês de 2007. Também destacou que, com respeito a junho de 2008, os embarques de julho aumentaram 79,2%.

O preço médio de exportação por tonelada foi de 12.427 dólares para os cortes resfriados sem osso; de 4.105 para os congelados sem osso; e de 5.587 para a carne processada. Estes preços são moderadamente mais baixos que os de junho para as carnes resfriadas e as congeladas; e superiores para as carnes processadas.