Estados Unidos e Brasil andam em lados opostos no agronegócio neste ano. Enquanto os EUA reduzem a participação no mercado de grãos, exportando menos, elevam as vendas de carnes.
Já o Brasil manteve expansão nas vendas de grãos, mas perdeu espaço nas carnes. Ambos, no entanto, devido aos preços internacionais das commodities, vêm obtendo receitas elevadas no ano.
Pedro de Camargo Neto, da Abipecs (exportadores de carne suína), destaca que o Brasil pode perder mais espaço. O produto brasileiro está em alta devido ao câmbio.
As exportações americanas de carnes vermelhas subiram 27% em 11 meses do ano fiscal de 2011 (outubro de 2010 a agosto deste ano) em relação a igual período anterior.
Já as importações recuaram 15%, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Mesma tendência seguem as vendas externas de carnes suína e de frango, que subiram 19% e 10%, respectivamente, neste ano em relação a igual período anterior.
No setor de grãos, as exportações de soja em grão, devido ao baixo estoque norte-americano, recuaram para 39 milhões de toneladas no ano fiscal, com queda de 2%.
Mesma tendência ocorre com o milho, cuja produção é inferior à prevista. As vendas caíram para 42 milhões de toneladas de outubro a agosto, segundo o Usda.
As receitas norte-americanas, como as do Brasil, vão bem. As exportações atingiram US$ 128 bilhões, com saldo de US$ 41 bilhões.