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Cooperativa

Lançado novo Programa de Desenvolvimento para mulheres no agronegócio

Mais de 110 cooperadas de diversos munícipios participaram do desenho da nova proposta, com uma estrutura mais ativa

Lançado novo Programa de Desenvolvimento para mulheres no agronegócio

Na tarde da última quinta-feira (08/03), a Frísia lançou seu novo Programa de Desenvolvimento da Mulher Cooperativista no Agronegócio, durante evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Realizado no Clube Social de Carambeí, em parceria com a Bayer, a celebração contou com cerca de 200 convidadas – que acompanharam uma palestra sobre reinvenção e liderança, além de ouvirem histórias de mulheres de sucesso no agronegócio.

Mais de 110 cooperadas de diversos municípios participaram do desenho da nova proposta, com uma estrutura mais ativa. Os módulos desenvolvidos ofertam novos conhecimentos e experiências, favorecendo viagens técnicas e intercâmbio de iniciativas entre as próprias mulheres e as propriedades. O plano estratégico tem uma visão de longo prazo e busca trabalhar temas de gestão, administração e liderança. O primeiro módulo, que tratará de capacitação e gestão, está previsto para começar em maio.

 “É importante trazer as mulheres cada vez mais para perto da cooperativa, principalmente por meio de sua efetiva participação – sejam elas mesmas associadas, ou auxiliando o marido. Acreditamos que a força feminina pode trazer resultados cada vez mais efetivos na produção, na gestão e na inovação dentro das propriedades”, explica Renato Greidanus, diretor-presidente da Frísia.

Embora ainda sejam minoria no agronegócio, muitas mulheres gerenciam suas propriedades e dão exemplos de sucesso e superação no setor. Isso foi visto nas quatro histórias apresentadas no painel Mulheres no Agronegócio, realizado durante o evento com cooperadas da Frísia dos segmentos de leite, suínos e grãos. A atividade foi conduzida pelo coordenador de Comunicação Social do Sistema Ocepar, Samuel Milléo Filho.

Ana Terezinha Slusarz assumiu o trabalho com grãos na propriedade do pai, depois que ele teve um problema de saúde, e entende que a presença de mulheres no agronegócio é importante. “Nos sentimos desempenhando um papel muito significativo. As mulheres têm muito a contribuir: trouxemos uma visão mais humanizada, mais preocupada com a sustentabilidade e com a gestão de pessoas.”

Débora de Geus, primeira mulher a ser eleita ao comitê suinícola da cooperativa, também acredita no poder da força feminina no campo: “É preciso sair da zona de conforto para vencer desafios e mostrar que podemos fazer muitas coisas. É preciso querer fazer a diferença”, salienta.

“Ser produtora rural é um trabalho de todo dia”, avisa Marlene Kaiut, que salvou a leiteria da família e hoje viaja pelo Brasil apresentando seu caso de sucesso. A administradora toca sozinha o negócio de leite, com 160 animais e uma produção média de 25 litros por lactante ao dia.

Na família de Juliana Ventura, a realização do trabalho veio com o investimento na produção leiteira – que começou como atividade secundária. Foi o trabalho em família e a associação com a cooperativa em 2013 que propiciaram a melhora da produção e da qualidade de vida. Os filhos participam das atividades desde de pequenos e demonstram interesse na sucessão familiar. “Sempre conversamos sobre isso, estamos preparando o começo dos frutos que eles vão colher mais para frente”, conta Juliana, cuja produção leite chega aos 1.240 litros diários.