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Lei do Bioterrorismo

Ceará é o quarto Estado brasileiro em empresas a se adequarem.

Da Redação 04/12/2003 – 05h35 – O Ceará é o quarto Estado com o maior número de empresas exportando alimentos para o mercado norte-americano. Esses produtos são alvo da nova Lei do Bioterrorismo. Com US$ 129 milhões exportados em alimentos, o Ceará é o segundo entre os Estados com maior volume de vendas desses produtos para os EUA.

As mudanças impostas pela nova Lei do Bioterrorismo na exportação de produtos alimentícios para os Estados Unidos devem afetar cerca de 60 empresas cearenses que já exportam alimentos para o mercado norte-americano. Este é o número de empresas no Ceará que, segundo estimativa da Câmara de Comércio Exterior (Camex), exportaram juntas US$ 129,2 milhões em produtos alimentícios para os Estados Unidos no período de janeiro a outubro deste ano. Por causa da nova lei, que entra em vigor a partir do próximo dia 12, as empresas exportadoras devem seguir uma série de procedimentos para continuar tendo seus produtos aceitos nos Estados Unidos.

O volume de US$ 129,2 milhões da exportação de alimentos cearenses para os Estados Unidos coloca o Ceará na segunda posição atrás apenas de São Paulo entre os Estados brasileiros cujas vendas no mercado norte-americano atingiram os maiores valores. O Ceará é também o quarto Estado com o maior número de empresas exportando este tipo de produto para o mercado norte-americano. No universo de 904 empresas nacionais que, segundo a Camex, se enquadram no perfil de que devem ser afetadas pela lei, 6,6% são cearenses.

Para esclarecer aos empresários locais o que deve ser feito diante das novas exigências americanas, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), a Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) e a Companhia de Desenvolvimento do Ceará (Codece) promoveram ontem em Fortaleza o fórum “A Lei do Bioterrorismo e o Impacto sobre as Exportações Cearenses”.

“Segundo o FDA (Food and Drug Administration, o órgão regulador norte-americano), cerca de 15% dos exportadores podem deixar de comercializar seus produtos para os Estados Unidos devido à Lei do Bioterrorismo. Queremos dar o apoio para que isso não ocorra com as empresas cearenses”, afirma o assessor especial da Camex, Aloísio Tupinambá, que participou do evento realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará. “Esperamos que o impacto seja muito pequeno”, diz o assessor.