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Mundo

Liderança dos EUA e Europa

Obama refuta perda de espaço para emergentes e diz que potências atuais continuam desempenhando papel central no mundo.

Os Estados Unidos e a Europa continuam desempenhando um papel central no mundo apesar da ascensão econômica e política de grandes economias emergentes como Brasil, China e Índia, disse ontem o presidente americano, Barack Obama.

Em um discurso ao parlamentares britânicos, Obama – que está fazendo um giro pela Europa – disse que seu país e o Reino Unido continuam exercendo uma influência chave nos processos democráticos e no crescimento econômico.

Ele disse rejeitar a visão de que o protagonismo dos EUA e da Europa está perdendo espaço para os grandes emergentes. “Esse argumento é errado”, disse o presidente. “A hora de nossa liderança é agora”, acrescentou Obama, no histórico Westminster Hall, erguido entre 1097 e 1099.

“Ainda que mais países estejam assumindo suas responsabilidades na liderança global, nossa aliança continuará indispensável para que este século seja mais pacífico, mais próspero e mais justo”, disse o presidente. Ao se referir aos países emergentes, Obama disse que eles vêm crescendo de forma acelerada porque estão indo na direção das economias de mercado.

Apesar do tom otimista, o discurso também apontou os desafios que os EUA, o Reino Unido e os demais aliados europeus têm atualmente. “Juntos já enfrentamos grandes desafios. Mas à medida que entramos neste nova fase de nossa história em comum, profundos desafios se apresentam diante de nós”.

Obama diz que os desafios dessa nova era para a aliança americana europeia passam pelas turbulências econômicas, pelas revoluções nos países árabes, pela mudança climática, pelo terrorismo e preocupações com o risco de disseminação de armamentos nucleares.

Ao se referir às pressões populares por democracia nos países árabes, Obama disse que “a liberdade precisa ser conquistada pelas próprias populações, não impostas. Mas podemos e devemos defender aqueles que lutam por ela”. Suas palavras tiveram o objetivo de assegurar seus interesses comuns com a Europa, num momento em que na região há uma certa sensação de que os EUA estão concentrando suas atenções mais nas questões que envolvem Ásia e o mundo árabe e menos nas questões e nos problemas europeus.

À noite, Obama e a primeira-dama, Michelle, foram recebidos em um jantar com a rainha Elizabeth II no qual participaram algumas celebridades britânicas, entre elas a escritora J.K. Rowling, o ator Colin Firth e o jogador de futebol David Beckham