Nesta terça-feira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que os R$ 2 bilhões disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na linha de crédito em dólar criada recentemente foram rapidamente esgotados, durando apenas um dia.
Embora a iniciativa tenha sido anunciada em abril e tenha entrado em vigor em maio, o governo pretende disponibilizar mais recursos para a linha, que não tem subvenção federal ou gastos diretos da União.
De acordo com Fávaro, as indústrias, revendedoras e bancos de fábricas e montadoras de máquinas foram as que buscaram os fundos no BNDES e ofereceram taxas mais acessíveis aos produtores.
Notícias Relacionadas
“Recebi uma boa notícia hoje da diretoria do BNDES (…) As indústrias, revendas e bancos de fábrica se incorporaram a isso, deram um prêmio aos produtos que têm boa safra. A taxa de juros de 7,59% que o BNDES disponibilizou para os R$ 2 bilhões em dólares, as indústrias baixaram para 6,09%, e em um dia de oferta foram tomados os R$ 2 bilhões”, disse Fávaro à imprensa após reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). “Estamos tendo que providenciar mais recursos, já estamos providenciando mais recursos para que possa incentivar o crescimento da agropecuária”, garantiu.
Pedido de recursos
Depois da reunião com a FPA, Fávaro seguiu para uma agenda com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. No encontro, o ministro deve apresentar esses resultados e reforçar o pedido por uma suplementação orçamentária para as linhas equalizadas do Plano Safra 2022/23. “Estamos em vias de fato de anunciar [a suplementação do Plano Safra em vigor]. Quero muito em breve, quem sabe nos próximos dias, anunciar uma suplementação e um Plano Safra com mais recursos ainda, que o setor vai precisar”, explicou Fávaro.
“Vamos viver momentos difíceis, preços de commodities estão sendo achatados. Temos milho em Mato Grosso abaixo do custo de produção, soja também baixou bastante, a arroba do boi baixou bastante. Isso se combate com linhas de crédito, juros adequados aos produtores. E esse será intenso trabalho a partir de agora junto aos ministérios e ao presidente Lula. Faz parte da pauta que tenho com ele agora, trabalhar recursos de complemento e taxas de juros para o setor”, completou
