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Exportação

Logística em pane

<p>O Brasil está sem destino em termos de logística de transporte.</p>

O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que nunca pisou no Porto de Santos quando a sua pasta ainda “cuidava” dos portos nacionais, precisa acender a luz vermelha. O Brasil está sem destino em termos de logística de transporte. Os modais não se falam e muito menos se cruzam. A “política” (ou a falta dela) é cada um cuidar dos seus negócios, para arrecadar mais em termos de lucro, e às favas o desenvolvimento econômico lógico do País.

 Sem futuro                     

 Tal visão empresarial e também a falta de atuação do Governo Federal, por intermédio do seu Ministério dos Transportes, engessam o Brasil. Ou seja, temos um limite para crescer e para participar do comércio mundial como “gente grande”. Assim como sabotamos o aumento do nosso próprio mercado interno.

 Sempre no futuro

 PortoGente vem traçando um perfil rigoroso do “descruzamento” dos nossos modais. Quem quer vender precisa ter caminhos. Caminhos que não sejam longos, caros, ineficazes, ineficientes e perigosos. Tudo o que o Brasil não tem.

 Não funciona

 O presidente da Câmara Brasileira de Contêineres (CBC), Silvio Vasco Campos Jorge, por exemplo, observa que o transporte ferroviário de contêineres é limitado economicamente devido aos altos custos de transbordo. Ele também alerta que o transporte intermodal precisa funcionar efetivamente no País, mas isso está longe de acontecer.

 Informalidade

ANTT quer tirar milhares de transportadores de cargas, que cruzam o País de ponta a ponta, da informalidade. Quem não seguir as novas regras da agência pode ter de pagar multas que variam de R$ 550,00 até R$ 5 mil, ou então ter o veículo apreendido.

 Direto

 O consultor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Luiz Antonio Fayet, não tem papas na língua e dá o recado curto e grosso: a logística de transporte do País “é uma desgraça”.

 Brasil-Uruguai

Está em discussão a implantação de um terminal lacustre para transportar cargas do nordeste do Uruguai até o Porto do Rio Grande (RS) pelo rio Taquari/Lagoa Mirim/São Gonçalo/Lagoa dos Patos.

Barcaças

O terminal lacustre está previsto para ter cais de 200 metros para receber barcaças, com previsão de que em 2010 a estrutura esteja pronta para operar. A ideia, inicialmente, é escoar as cargas da região que é produtora de grãos, tendo essas como destino o mercado mundial e brasileiro.

Mar de rosa

 Na contramão da história, ou melhor, da crise, o presidente do Sindicato dos Arrumadores, Amarante Greque Couto, diz que os efeitos da crise mundial não foram sentidos entre os profissionais que atuam no Porto do Rio Grande. Só em janeiro e fevereiro deste ano, relata, houve uma pequena queda na movimentação de carga, mas já a partir de março tudo voltou ao normal.

Boca no trombone

Sindicatos de portuários acusam o atual presidente da Companhia Docas da Paraíba, que administra o Porto de Cabedelo, Wagner Brekefeld, de dificultar o trabalho de empresas e associações adotando uma postura autoritária.

Paraíso aduaneiro

Após a reforma portuária ocorrida no ano passado, hoje, na França, a indicação de dia e hora para a inspeção de cargas pela aduana é feita pelo próprio dono da carga. Essa não dependência da boa vontade e disponibilidade dos fiscais é bem diferente do o que ocorre no Brasil, por exemplo.

Via Peru

A conclusão da Rodovia Transoceânica, ligando as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil a três portos no Oceano Pacífico (Ilo, Matarani e San Ruan), vai encurtar o caminho para o comércio com os países asiáticos. Mas, pelo andar da carruagem, isso deverá ocorrer no próximo governo.

Via Chile

A Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) realizará no próximo dia 8 o Seminário Internacional Oportunidades de Exportação no Contexto Logístico do Chile. A intenção é apresentar aos industriais do Estado as vantagens de atingir o mercado asiático via Oceano Pacífico, utilizando o Porto de Iquique, no Chile.

De volta do futuro

Volta a baila a ladainha de transformar o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) num Eximbank brasileiro, para financiar as exportações e a produção destinada ao mercado exterior. Nos anos 90, essa ideia foi bastante propalada, mas não saiu do papel.

Sinal verde

Pesquisa entre exportadores apontou que apenas 7% deles consideram a falta de financiamento um gargalo importante nas suas atividades. A ideia recebeu sinal verde do presidente Lula, mas dependerá de aprovação do Congresso.

Mercado crescente

As exportações brasileiras para o Peru, em 2001, foram de US$ 287 milhões. Em 2008 chegaram a US$ 2,3 bilhões. No mês passado, os presidentes Lula e Alan García, do Peru, assinaram acordo que prevê a construção de seis hidrelétricas em território peruano mediante investimentos de pelo menos US$ 4 bilhões.

Tradição quebrada

A China rejeitou a diminuição do preço do minério de ferro negociada entre a mineradora Rio Tinto e produtores japoneses e sul-coreanos. A intenção é pressionar uma queda dos preços. O primeiro acordo de preço firmado, tradição de 40 anos agora quebrada, costumava estabelecer parâmetros para toda a indústria.

Sinal amarelo

Apesar das importações acontecidas este ano, a demanda chinesa por aço continua fraca, o que sugere que as importações de matérias-primas não poderão se sustentar em níveis tão elevados. Há estoques elevados nos principais portos e sinais claro de graves excedentes de produção por parte da siderurgia chinesa.

Nova ordem

Com a crise global, economistas acreditam que países como a China acabarão por reorientar sua produção para que a demanda doméstica se transforme no principal indutor do crescimento. O modelo chinês de desenvolvimento desde a abertura econômica de 30 anos, mesmo do Japão pós-guerra, e que penaliza o consumidor local, deve estar com os dias contados.

Quedas

Como medida de redução de custos, devido à queda nas receitas, os fabricantes brasileiros diminuíram sua atividade de compra e os níveis de estoques foram reduzidos pelo nono mês consecutivo. Ao mesmo tempo, os estoques, tanto de matérias-primas como de bens finais, continuaram a ser reduzidos.

Calote 1

A falta de pagamento das empresas estrangeiras, afetadas pela crise econômica mundial, provoca graves problemas para as exportadoras brasileiras. Levantamento de seguradoras de crédito indica que o número de abertura de ocorrências saltou de 40% para 417% entre janeiro e março de 2009.

Calote 2

Segundo o presidente da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil-factoring (Anfac), Luiz Lemos Leite, “praticamente não há inadimplência no setor, entretanto, a situação provocada pela crise em âmbito planetário, atrasa a liquidação dos contratos”.