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Economia

Lula pede que europeus invistam no Brasil

<p>Presidente aconcelha europeus a investirem no País, pois momento é único. Lula também fez críticas à práticas protecionistas.</p>

Após criticar duramente o aumento do protecionismo europeu durante a Cúpula União Europeia (UE)-Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou ontem um fórum empresarial pedindo aos homens de negócios do bloco que invistam no Brasil. Lula reassumiu o papel de mercador e citou, pelo menos, quatro fortes atrativos do País: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Copa do Mundo de 2014, o pré-sal e, agora, as Olimpíadas de 2016 no Rio. Segundo ele, há mais de US$ 350 bilhões a serem investidos nessas áreas.

“Não percam essa oportunidade”, recomendou. Ele afirmou ainda que o controle da inflação no Brasil “é uma profissão de fé”. Disse que uma das razões de o País ter sido um dos últimos a sentir os efeitos da crise global e um dos primeiros a sair das turbulências foram os programas sociais do governo, como o Bolsa Família, e o aumento do salário mínimo. Os mais pobres, enfatizou, impediram impactos maiores:

“Para vocês terem uma ideia, os shoppings do Nordeste, região mais pobre, estão vendendo mais que os shoppings do Sudeste”. O presidente citou também a força do Estado e o papel dos bancos públicos, no sentido de evitarem a escassez do crédito. “Em 2003, o total de crédito no Brasil era de R$ 380 bilhões. Hoje, somente o Banco do Brasil tem isto. Quando começou a falta de crédito nos bancos, não vacilamos e compramos bancos”.

Lula aproveitou para fazer um agrado aos empresários suecos. Elogiou as relações entre patrões e empregados na Suécia e lembrou sua origem sindical. “Até a primeira greve que fiz na vida foi numa empresa sueca (Scania). Só cheguei à presidência por causa daquela greve”, brincou, arrancando gargalhadas da plateia e falando de improviso.

Mais cedo, ao se reunir com o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, e o presidente da UE, o português José Manuel Durão Barroso, Lula reclamou do protecionismo europeu. Segundo uma fonte, ele disse estar preocupado com a possibilidade de serem adotadas barreiras a produtos brasileiros, como o frango, e mencionou ter sido informado de que a França e outros países planejam criar impostos nas importações de países que não assumem metas de redução das emissões de gases que provocam efeito estufa.