Redação SI (17/03/06)- O Japão consome 2,5 milhões de toneladas de carne suína. Produz 1,3 milhão de toneladas e importa 1,2 milhão de toneladas. Santa Catarina é o maior exportador de carne suína do Brasil, tem produto de qualidade e preços competitivos.
Falta, contudo, a certificação internacional da Organização Mundial de Saúde Animal, nova denominação da OIE, o organismo da ONU que cuida tecnicamente da questão sanitária dos produtos de origem animal em todo o mundo. Quando conseguir esta liberação, o mercado europeu e vários países da Ásia se abrirão explosivamente para o Brasil. Esta a análise consensual dos técnicos e líderes empresariais de Santa Catarina que se encontram em Tóquio, depois de múltiplas reuniões com diretores de empresas brasileiras e autoridades japonesas. Por isso, o ofício que a Fiesc entregará ao presidente Luiz Inácio da Silva vai enfatizar a urgência de medidas governamentais de caráter preventivo para impedir a gripe aviária, mas vinculada a ações de proteção da sanidade animal também relacionadas com a proteção do rebanho suíno.
A regionalização sanitária é um dos pleitos a serem submetidos a Lula. O segundo, igualmente urgente, é uma ação forte do Ministério da Agricultura para obtenção do reconhecimento do status sanitário pela OIE. O documento informa que o setor avícola gera 28 mil empregos diretos em Santa Catarina, abate 60 milhões de cabeças por ano e exportou quase um bilhão de dólares o ano passado. Os agricultores e a agroindústria fizeram a sua parte. Falta apenas o governo fazer a dele, cumprindo minimamente o dever de casa.