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Macedo Koerich exporta "frango verde" para a Suíça

<p>Seguindo regras do país europeu, a empresa está produzindo um tipo de ave alimentada apenas com ração vegetal.</p>

Redação AI 17/06/2005 – A catarinense Macedo Koerich começou a produzir “frango verde” para o mercado suíço. Seguindo regras do país europeu, a empresa está produzindo um tipo de ave alimentada apenas com ração vegetal, sem dosagem de antibiótico, nem mesmo na alimentação. A abertura daquele mercado foi possível depois que a auditoria suíça SGS fez um levantamento das instalações da Macedo, em janeiro, e em abril, depois de adaptações, aprovou a nova linha de produção com ração e granja especiais.

Segundo Jóster Macedo, presidente da companhia, toda a produção para a Suíça foi separada das demais fabricações da Macedo. Foi feita uma granja isolada e uma produção de ração que é feita depois da lavagem dos equipamentos que foram usados para criar a ração tradicional. O executivo diz que, por enquanto, foram gastos cerca de R$ 40 mil com processos de certificação e testes de laboratórios. Para atender à Suíça, foi desenvolvida uma ração pela própria Macedo para que os frangos, mesmo sem antibióticos, tivessem um bom desempenho de crescimento e engorda, sem perda de rendimento.

O primeiro lote de 40 toneladas de frango da Macedo chegou à Suíça nesta semana. No total, serão 70 toneladas neste mês, e a expectativa da empresa é que a média mensal chegue a 100 toneladas. Jóster Macedo diz que a Suíça não será um mercado de grandes volumes, mas de boa rentabilidade, pelo preço mais alto do produto diferenciado. O presidente lembra, também, que o custo de produção do “frango verde” também é mais alto: a ração especial, por exemplo, custa 20% mais que a tradicional. Para a Inglaterra, as exportações de frango convencional da Macedo chegam a 150 toneladas por mês; para a África do Sul, a cerca de 700.

De acordo com o presidente da empresa, as negociações com os suíços começaram em setembro do ano passado. O representante da Macedo na Espanha indicou a empresa para alguns empresários, e um produtor de frango local é o importador dos primeiros lotes da Macedo, que serão distribuídos no varejo. “Queremos adotar cada vez mais essa postura de produção customizada para cada mercado, porque essa é uma maneira de uma empresa de médio porte ser competitiva”, diz Jóster Macedo.

Apesar do câmbio desfavorável às exportações, ele destaca que o preço da ave está em alta em dólar. No ano passado, a Macedo recebia US$ 1.600 por tonelada de filé de frango. Hoje, recebe US$ 2.600.