Dos 4 milhões de trabalhadores assalariados rurais no país, 60% – cerca de 2,4 milhões – atuam na informalidade e com salários menores que os formais. O número foi divulgado nesta terça-feira (13) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2012.
O levantamento foi apresentado no Seminário Nacional sobre Assalariamento Rural. Para o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (Contag), Elias D’Angelo, a informalidade no setor rural é um problema grave e precisa ser enfrentada.
“São mais de 2 milhões de trabalhadores na informalidade no Brasil. Só no Nordeste, são 1 milhão nessa situação. Precisamos olhar o problema para que ele seja enfrentado porque muitos trabalhadores ficam sem os direitos trabalhistas”, disse D’Angelo.
Além da perda de garantias trabalhistas, os baixos salários são preocupantes. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, 78,5% dos trabalhadores assalariados rurais informais têm rendimento médio mensal de até um salário mínimo (R$ 622,00 à época da pesquisa), sendo que quase metade desse total, 33,9%, recebe menos de um salário.
Sem amparo legal, os trabalhadores em situação informal não têm direitos trabalhistas e previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, férias, descanso semanal remunerado, 13º salário, hora extra, licença-maternidade e paternidade, aviso-prévio, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e seguro-desemprego. A informalidade também aumenta o risco de o trabalhador ser exposto a situações de trabalho escravo.
Agência Brasil
América do Sul terá participação menor na oferta global de soja
A produção sulamericana de soja deve fornecer cerca de 53,6% da demanda global pela oleaginosa.
A produção sulamericana de soja deve fornecer cerca de 53,6% da demanda global pela oleaginosa. Esta é a previsão de Carlos Cogo, consultor de Porto Alegre, baseado nos dados do USDA e da Conab. O percentual é menor comparado ao ano passado, quando a América do Sul forneceu 54,6% da demanda internacional.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Brasil produziria nesta safra 86,5 milhões de toneladas, enquanto a Argentina produziria 54 milhões de toneladas. Depois aparecem o Paraguai, com 8,2 milhões de toneladas, o Uruguai (3,7 milhões de toneladas) e finalmente da Bolívia, com 2,6 milhões de toneladas da oleaginosa.
Cogo ainda prevê que haverá um aumento da pressão baixista nos valores domésticos de milho no Brasil, tanto no curto como no longo prazo, por conta dos estoques iniciais da próxima safra, que devem cair a 7,9 milhões de toneladas – 7,3% abaixo de 2013/2014. “Depois que a safra desse ano for escoada, os preços do milho devem apresentar melhor sustentabilidade”, analisou o consultor para o Blog AgroSouth News.