O avanço do uso de sementes geneticamente modificadas (GMs) não vai impedir o crescimento contínuo do mercado de defensivos agrícolas. Essa é a avaliação que a Bayer CropScience assume em seus planos estratégicos para os próximos 15 anos. Atualmente estável, o setor de herbicidas, inseticidas e fungicidas fatura cerca de US$ 40 bilhões ao ano em todo o mundo – 50% mais do que os setores de sementes convencionais e transgênicas juntos. Esse valor deve passar para US$ 43 bilhões em 2020 e a US$ 45 billhões em 2025, considera a companhia.
Com negócios centrados em defensivos, a empresa amplia sua atuação em pesquisas e serviços ligados à biotecnologia. As sementes transgênicas devem apresentar participação cada vez maior no setor, observa a divisão CropScience da Bayer. O salto do mercado de sementes GMs deve ser de US$ 15 bilhões (2013) para 38 bilhões (2025), enquanto o mercado das sementes convencionais tende a se manter na casa de US$ 14 bilhões, considera a empresa.
Os números mostram que a resistência das plantas daninhas aos agrotóxicos usados na produção de transgênicos não deve barrar o avanço desse tipo de tecnologia. Por outro lado, o problema tende a abrir mercado para novos produtos, concorrentes do glifosato, por exemplo. O principal herbicida usado na produção de alimentos tende a ser associado a produtos complementares. Na avaliação da Bayer CropScience, esses novos produtos vão determinar o desempenho das empresas do setor, bem como as novas sementes geneticamente modificadas.