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Mal da vaca louca nos EUA impulsiona exportações do agronegócio brasileiro

Expectativa é de vender mais frangos, suínos e soja.

 Da Redação 05/01/2004 – 00h30 – As vendas de frangos, suínos e soja brasileiros devem crescer por causa do surgimento da doença da vaca louca no gado dos EUA. Os contratos da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) já refletiam o aumento da demanda e, conseqüentemente, a alta dos preços. O contrato mais negociado de soja, de maio de 2004, encerrou na última sexta-feira cotado a US$ 268 por tonelada, alta de 4% em relação ao fechamento do dia 23.

As exportações brasileiras de carnes suína e de frango já vinham crescendo. De janeiro a novembro deste ano, os negócios com suínos somaram embarques de 464,1 mil toneladas, com aumento de 7% sobre igual período de 2002. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a receita cambial chegou a US$ 512,470 milhões, o que corresponde a um crescimento de 15% sobre igual período de 2002.

Pela primeira vez na história o Brasil supera os Estados Unidos em receita com as exportações de carne de frango e se torna líder mundial no ranking de países exportadores, considerando o faturamento com as vendas externas. Em volume, os norte-americanos ainda são líderes, mas a diferença em comparação com o ano de 2002 diminuiu.

As exportações de frango somaram, de janeiro a novembro, 1.812 milhão de toneladas, 12,5% a mais que o mesmo período de 2002. Na avaliação do diretor executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Cláudio Martins, em um primeiro momento o consumidor tende a rejeitar a carne bovina, optando pelo frango.